MotoGP, Santi Hernández: “Operação fez o Marc voltar ao normal”

Por a 16 Setembro 2022 11:10

Marc Márquez beneficiou da operação para poder conduzir a Honda de uma forma mais natural, como conta Santi Hernández. O chefe de equipa do espanhol na Honda diz que o tempo de ausência foi significativo, mas o piloto não perdeu as rotinas de antigamente.

“O que pudemos ver em Misano é que o Marc está numa posição melhor do que estava quando conduzia numa posição inguiável, em Misano começámos a ver uma condução mais normal. Mas ainda não é suficiente, ele precisa de mais voltas e mais potência no seu braço. Mas parece que a operação o fez voltar ao normal”, disse.

“O teste de Misano serviu para ele compreender a sua situação depois de muito tempo sem conduzir a moto. Foi muito positivo, porque ele pôde fazer algumas voltas no primeiro dia e no segundo fez mais e sentiu-se bem. O objetivo dele é treinar e ver como está a situação, não é a mesma coisa do que quando se está no teste, onde tens tempo para fazer voltas, relaxar e voltar outra vez. Na corrida, tens de fazer muitas coisas; pneus, afinações, tempos, qualificar para a Q2, e é muito diferente do teste. Mas a mentalidade vai ser como no teste. Quero ver como está o Marc e vamos fazer o nosso melhor. Se ele se sentir bem, ótimo, mas não estou à espera de ver agora o que o Marc consegue fazer. Ele consegue conduzir, caso contrário, não estaria aqui. O teste foi muito importante para ele, para perceber se consegue conduzir aqui, ele percebeu depois do teste que podia vir para o fim de semana de corrida, e vamos ver como corre o fim de semana. Uma coisa é o que vemos no teste de Misano, talvez no fim de semana de corrida seja completamente diferente. O mais importante depois do teste é que ele se sentiu bem para voltar”, referiu.

“O Marc surpreendeu-me. Depois de quatro operações, de tudo o que ele passou e como ele abordou a situação é surpreendente. Outra pessoa talvez pensasse de forma diferente, ele quer ser novamente competitivo, vem para aqui fazer o melhor. Aquilo por que ele passou não é fácil, depois de quatro operações, não é fácil voltar e colocar o esforço que ele está a colocar. Surpreende-me todos os dias”, declarou.

“Perder o Marc durante este tempo foi difícil para nós, mas a abordagem é a mesma. A única coisa que muda é o tempo fora da moto, mas a abordagem é a mesma. Mesmo quando veio para Misano, sem conduzir a moto, estava a pensar como podia melhorá-la. O feedback quando testou a moto em Misano foi muito bom, ele não se esqueceu como se conduz a moto, não se esqueceu de como dar inputs aos engenheiros e isso é importante. Estamos a falar de um desportista oito vezes campeão do mundo. Os comentários e o feedback vêm rapidamente, isso não muda”, garantiu.

“Sabemos que não estamos nos nossos melhores anos na Honda e precisamos de mudar, mas é algo em que estamos a trabalhar para o futuro. Aquilo que tem de mudar vem de dentro da equipa. É algo que estamos a discutir, estamos a falar para melhorar no próximo ano, mas, como disse o Marc, não precisamos de fazer coisas loucas. Precisamos de perceber o que aconteceu e onde queremos ir, depois disso, vamos ver. Não estou numa posição de dizer que temos de mudar isto ou aquilo. Estamos com problemas, mas eles vão percebendo onde precisamos de mudar e isso é positivo”, concluiu.

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