Rumores vindos de Itália, colocam o francês Johann Zarco com pelo menos duas alternativas para 2024: “herdar” o papel de pilotos de testes de Pirro na Desmosedici ou ficar com a R1 deixada por Razgatlioglu. A terceira alternativa, e a mais plausível, é nada mudar na Prima Pramac!
FOTOS: MPSAGENCY
Johann Zarco está muito bem no MotoGP, ocupando o quinto lugar na classificação de pilotos, fruto de dois pódios como os seus dois melhores resultados. Apesar de figurar como o quarto melhor entre os oito pilotos Ducati atuais, o que afinal limita o natural de Cannes que no próximo dia 16 de julho fará 33 anos de idade?
Se pensarmos que o simpático, forte e guerreiro francês está a disputar a sua sétima temporada como titular no MotoGP, não se percebe muito bem porque o bicampeão de Moto2 é considerado de pouco interesse mediático. Talvez por ter interesses diferentes e ser menos egocentrico, Zarco fala menos de si próprio do que colegas menos ilustres o fazem. E isso agrada, porque tem um caráter alternativo, vivo e é capaz de se destacar.
O papel que a Ducati lhe confiaria para o próximo ano seria diferente do que até agora seguiu: não um piloto a tempo inteiro, mas um piloto de testes de referência, em virtude da experiência que acumula. O grande conhecimento da Desmosedici e a capacidade de levá-la ao limite, funcionam como uma alavanca de apoio a essa transição.
Sendo Michele Pirro o piloto de testes número um da Ducati, o italiano cumpre essa posição de forma admirável, competindo também em wild cards e participando com sucesso no Campeonato Italiano de Velocidade. Diz-se que o natural de San Giovanni Rotondo não quer pendurar o capacete, pelo contrário, desejamos que continue, mas… se dissesse “basta”, quem poderia substituí-lo com a mesma competência? Johann Zarco estaria certamente na primeira linha de escolhas dos responsáveis de Borgo Panigale.
MotoGP ou SBK?
Antes de mais, vamos fechar o capítulo do MotoGP. Na Prima Pramac temos Jorge Martin, cobiçado pela equipa Monster Energy, empenhado em oferecer-lhe uma M1 oficial. Irá o espanhol aceitar a oferta, trazendo consigo parte ou mesmo a totalidade do staff que o segue na formação satélite da Ducati? Vamos ver.
A outra Desmosedici da equipa está na mira de Marco Bezzecchi, ponta-de-lança da Mooney VR46 que aponta – com razão – para assinar preto no branco com Borgo Panigale e material de fábrica. O piloto da Romagna, muito forte onde está agora, mudará conforme o esperado? Veremos, como veremos, se Fabio Di Giannantonio permanecerá no atual paddock ou seguirá para novos horizontes.
Agora, o SBK. Toprak Razgatlioglu disse “adeus” à Yamaha para se casar com a BMW e, conhecendo-o e a Kenan Sofuoglu, é um verdadeiro adeus. Por outro lado, resta saber quem ocupará o lugar do titular de 2021 e fará dupla com Andrea Locatelli , confirmado com excelentes resultados. Aqui, portanto, está Johann Zarco, pronto para sublinhar o quanto ele ainda quer correr. Além de ser piloto testes, o número 5 está mais interessado em competir, e as motos derivadas de produção precisam de um francês de alto nível competitivo, técnico e linhagem pessoal . Quem melhor do que o nativo da Côte d’Azur?
No final, pelo excelente desempenho garantido junto com a Prima Pramac, Johann pode ficar exatamente onde está.
As negociações para manter Zarco na formação satélite da Ducati estão em andamento e, em caso de novos pódios do francês, seriam bem-vindos. Um ano a mais de contrato seria uma solução interessante para a equipa e para o piloto, esperando que outras águas se movam. Jorge Martin está ávido por entrar numa estrutura oficial, possivelmente colorida a vermelho, mas recordamos que os contratos de Pecco Bagnaia e Enea Bastianini expiram em 2024, e que a vontade da Yamaha de ter o espanhol é contrariada pelos seus bons resultados com uma Desmosedici muito mais competitiva que a M1. E por isso, se a dupla Zarco-Martin permanecer a mesma na próxima temporada, não ficaremos surpresos.
