Rui Gonçalves: “Quero andar nos 10 primeiros”

Por a 19 Dezembro 2015 09:15

O MotoSport esteve à conversa com Rui Gonçalves, o único piloto português a competir no Mundial de Motocross, na categoria MXGP. Na terceira e última parte da entrevista o piloto de Vidago falou sobre as expectativas para a próxima temporada onde continuará ligado à Husqvarna.

Como é que é o dia-a-dia do Rui Gonçalves?
São dias bastante animados. Não sou uma pessoa que goste de estar muito parado em casa, sentado num sofá ou a ver televisão. Sou bastante ativo e gosto de estar sempre a fazer alguma coisa se não estiver a treinar de moto ou no ginásio. Alias neste momento, estou em Portugal aqui na quinta com o meu pai a fazer uns muros de pedra. Fora da prioridade que é o treino e a minha vida no Motocross, prezo bastante a família e o tempo junto dos meus pais.

Quando é que vai começar a aventura 2016?
Vai ser já a seguir ao Ano Novo. Vou juntar-me à equipa para continuarmos a fazer os testes que precisamos para treinar com vista ao campeonato do Mundo que começa no final de fevereiro.

A Husqvarna que vai utilizar em 2016 tem muitas alterações face à deste ano?
Sim, é uma moto completamente diferente. Mais leve, com mais potência. Eu já tive a oportunidade de utilizar uma 3.5, no Mundial de Nações, ou seja, um modelo inferior ao que vou utilizar em 2016 que apesar de ter um chassis idêntico tem um motor diferente já que se trata de um motor de 450cc.

É uma moto mais evoluída?
Sem dúvida, de base a moto melhorou bastante. Agora, temos muito trabalho pela frente para que consiga coloca-la à minha maneira e apurar e melhorar, suspensões, escapes ou outros detalhes que são tão ou mais importantes do que ter mais cv no motor.

Qual vai ser o grande objetivo para 2016?
Eu penso que o objetivo realista será andar entre os 10 primeiros em cada Grande Prémio. É óbvio que não vai ser fácil, mas vou fazer tudo para que isso aconteça, vou preparar-me o melhor possível para estar ao mais alto nível ao longo da temporada, para que no final, na hora de acertar as contas, me possa sentir orgulhoso do resultado.

Existe algum circuito que gostes mais de correr?
Gosto de correr em terrenos bastante arenosos e se não for em areia, que seja a terra bastante macia e móvel. Por isso sinto-me melhor em Grandes Prémios na Holanda ou mesmo na Bélgica que são bastante duras fisicamente, que é outra das características que gosto. Mas o objetivo é estar à altura em todo o tipo de terreno, que possamos encontrar no Mundial e para isso é necessário trabalhar para termos o equilíbrio que é necessário possuir para fazer face ás exigências.

Com uma carreira tão longa existe outra competição em que gostasses de participar?
Não, estou no campeonato do Mundo e participar neste campeonato é o expoente máximo que podemos quer alcançar já que se trata do mais competitivo e com maior visibilidade, e onde toda a gente quer estar. Por isso a prioridade é continuar aqui.

Já pensaste no dia em que vais parar e no que vai fazer, tem isso programado na sua cabeça?
Sou uma pessoa que vive dia após dia, que vivo o presente sem pensar muito no futuro. Estou certo que as oportunidades vão aparecer de uma forma ou de outra, agora penso no presente e tento fazer as coisas de melhor forma. O futuro logo se verá.

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