MotoGP: Yamaha não sabe nadar

Por a 19 Outubro 2017 17:03

À semelhança do que aconteceu na época passada a Yamaha muito provavelmente irá fechar o ano sem conquistar o título mundial de pilotos. Um cenário que dará que pensar aos responsáveis da marca de Iwata num ano onde apostaram forte na contratação de Maverick Viñales, que brilhou na primeira fase da época, e que teve ao seu lado o eterno Valentino Rossi e com tudo o que representa a figura do nove vezes campeão do mundo.

Para este desfecho muitos são os argumentos que podem saltar para cima da mesa, mas existe um dado que é importante sublinhar e que já em 2016 se havia feito sentir. Estamos a falar da clara falta de competitividade da M1 quando o piso fica molhado.

Em 2016, num campeonato marcado pela chuva no seu miolo, foram muitos os casos onde Jorge Lorenzo, agora na Ducati, e Valentino Rossi viram-se ultrapassados pelos rivais em pista ao qual juntou-se algum desnorte no escolha do momento certo para trocar de motos nas corridas ‘flag-to-flag’. Quem não se lembra do que ocorreu nos Grandes Prémios da Alemanha, República Checa e Holanda?

Este ano manteve-se a bitola e quando surge a chuva rapidamente vemos Rossi e Viñales a sentirem dificuldades. A excepção foi mesmo no Grande Prémio da Holanda, em Assen, onde II Dottore resistiu à pressão de Danilo Petrucci quando começaram a cair uns chuviscos que rapidamente passaram no mítico traçado holandês. Quando chove a sério ou é preciso trocar de moto a conversa é outra como já foi referido acima.

O melhor exemplo surgiu no passado fim de semana, em Motegi, onde choveu durante os três dias de competição Com muitas dificuldades desde os treinos livres os dois pilotos da Yamaha partiram para a corrida da 12ª e 14ª posições, respetivamente, o que penalizou e muito as suas ambições ainda para mais quando Viñales ainda sonhava com o título.

Maverick Viñales merece ser mesmo alvo de estudo, pois estranhamente parece apresentar à chuva as mesmas dificuldades que Jorge Lorenzo apresentou nos últimos anos com a Yamaha. Algo que aos 22 anos o talentoso piloto espanhol terá rapidamente de rever se quiser lutar sistematicamente pelo título mundial, que premeia ano após ano o piloto mais completo da grelha.

Toda esta situação contrasta com o que sucede nas rivais Ducati e Honda, nomeadamente esta última onde a brilhante visão estratégica de Marc Márquez tem valido estrondosas vitórias nas corridas ‘flag to flag’ e consequentemente abre portas para que o piloto espanhol solidifique a sua superioridade em termos de campeonato perante os rivais.

Basta recordar que a última vitória da Yamaha com chuva foi obtida há mais de dois anos. Estávamos então no Grande Prémio da Grã-Bretanha e coube a Valentino Rossi levar a M1 até ao lugar mais alto do pódio. Penso que não é preciso explicar mais nada….

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