Desde o final da época, e mesmo durante os testes de Jerez, houve algo consistente vindo do campeão mundial Fabio Quartararo: os pedidos à Yamaha de uma moto com mais potência, para que o francês pudesse ser mais competitivo. O francês quer uma moto mais rápida nas retas e à saída das curvas, que consiga igualar a potência da Ducati.
A questão que se coloca (e que o The Race coloca) é: e se não acontecer? Será que, se Quartararo chegar à época 2022/23 e não tiver aquilo que quer, a sua renovação de contrato está em perigo (recordando que o vínculo que o liga à Yamaha termina no final da próxima temporada)?
No MotoGP, tal como no desporto motorizado, não é muito fácil ter veículos que sejam fortíssimos em retas e em curvas, simultaneamente. Se construíres uma moto com mais potência, precisas de um quadro maior para a conter – e, como consequência, o chassis não resulta tão bem nas curvas. A Yamaha funciona ao contrário. A moto não é mais rápida, mas funciona muito bem em curvas.
Por isso, para o início do próximo ano, importa perceber duas coisas: se a Yamaha vai realmente trazer uma moto que seja mais forte em termos de potência, e, se não acontecer, como é que a equipa vai lidar com a situação de Quartararo (e como é que o piloto vai responder).
