Regressado ao WorldSSP300, o Campeão do Mundo de 2017 marcou os primeiros pontos do Campeonato do Mundo para a equipa chinesa Kove na Corrida 1 em Imola, com o seu oitavo lugar.
A categoria ligeira das Supersport 300 voltou ao Autódromo de Imola pela primeira vez desde 2018, com a corrida de 2019 cancelada devido às condições meteorológicas adversas, e um dos poucos na grelha que conhecia a pista era Marc Garcia (China Racing Team).
O piloto espanhol correu e venceu em Imola em 2017, ano em que se sagrou Campeão do Mundo. Seis anos depois dessa vitória, voltou à categoria com a China Racing Team para as etapas de Itália e da República Tcheca, e logo no seu primeiro fim de semana tornou-se o primeiro piloto a somar pontos com a Kove 312RR no cenário mundial.
“Poderia ter sido melhor. O problema era a Superpole. Nesta categoria, podes ser rápido em todos os setores, mas quando chegas ao último vira um funil, e não dá para melhorar a volta. Fiquei entre os dez primeiros durante todo o fim de semana e na Superpole poderíamos facilmente ter ficado entre os cinco primeiros, mas não consegui melhorar a minha volta e isso prejudicou-me durante todo o fim de semana. No sábado consegui voltar, mas é muito difícil começar a corrida tão atrás… Podíamos ter lutado pelos cinco primeiros. No domingo, foi complicado, algo aconteceu com a moto e não consegui ser rápido.”
Garcia está, no entanto, ciente de que isso é comum com um novo fabricante: “É normal que estas coisas aconteçam. Somos a única equipa com esta moto e é difícil trabalhar assim. Quando o campeonato começou, eram 10 Yamahas, 10 Kawasakis e quatro KTMs. É muito diferente trabalhar com uma única moto. Não dá para comparar dados, e se houver erro, é só uma moto. Mas o final de semana foi muito positivo, e tenho certeza que vai ser melhor em Most.” Comentou o espanhol.
Esta foi a primeira vez que Garcia rodou com a moto, embora não tenha sido o primeiro espanhol a pilotar a Kove, já que José Luis Perez Gonzalez (Accolade Smrz Racing GR) conquistou uma dupla vitória em Valência no ESBK Supersport 300 em maio, quando correu ao lado de Junhao Zhan. Depois de um fim de semana em Imola, Garcia explicou as diferenças da Kove para as outras motos da grelha. “A Kove está num ponto entre a Kawasaki e a Yamaha. O quadro é semelhante ao da Yamaha, mas um pouco mais rígido, embora pareça mais com a Yamaha do que com a Kawasaki. Alguns aspectos precisam ser melhorados, como a aerodinâmica, mas isso precisa de tempo e quilometragem. A Kove tem potencial para vencer e subir ao pódio.” Concluiu Garcia.
