Começou a operação 12 Horas de Portimão

Por a 7 Junho 2016 09:13
No arranque de uma semana que promete ser bem especial para ambos os pilotos, Miguel Oliveira e Miguel Praia estiveram ontem em Lisboa numa derradeira conferência de imprensa antes de rumarem ao Algarve onde a partir de amanhã iniciarão a ‘Operação 12 Horas’ com vista à participação na segunda prova do campeonato do mundo de Endurance onde aos comandos de uma Yamaha R1 preparada pela Yamaha YART – a divisão austríaca do construtor japonês – querem discutir a primeira posição na prova portuguesa do calendário 2016 da especialidade.
Apesar da ausência do terceiro elemento da equipa da Parkalgar Racing Team, o francês Matthieu Lussiana, que chegou a Portugal ontem ao meio da tarde, os dois portugueses revelaram que o mais complicado neste projecto que trás de novo a Parkalgar para as pistas. “Acho que a grande dificuldade será o facto de nós, pilotos que estamos habituados a corridas de sprint, termos que fazer dentro da mesma corrida – com 12 horas de duração – cerca de seis corridas. Isso torna tudo muito interessante igualmente no sentido em que vamos ter que nos adaptar a uma corrida de resistência – e felizmente temos a experiência do Matthieu para nos ajudar a perceber como se encara essa desafio.” Palavras de Miguel Praia face a este desafio que o volta a colocar nas pistas de um campeonato do mundo – depois de ter estado durante mais de uma década no mundial de Superbikes e Supersport – ao lado de um piloto como Miguel Oliveira, num momento alto de carreira como claramente demonstra o oitavo posto conseguido em Montmeló (Barcelona) na sétima prova do campeonato do mundo de Moto2.
“Ao contrário de mim o Miguel e mesmo o Matthieu estão no auge de forma e de rapidez pois já estou sem competir desde o final de 2015 e para mim tem sido uma corrida contra o tempo para tentar recuperar os reflexos, a rapidez, os automatismos próprios de um piloto mas esta é uma oportunidade excelente de ter na mesma moto uma espécie de selecção nacional, até porque o terceiro piloto fala inclusivamente português. Queremos vencer por Portugal e vencer por nós.” Miguel Oliveira falou igualmente sobre o aliciante de conduzir em Portimão, um circuito bastante exigente do ponto de vista físico e também sobre a forma como vai encarar uma corrida totalmente distinta daquelas que realizou ao longo da sua carreira.
“São várias as dificuldades. O circuito tem muitas travagens fortes e exige muito do físico nesse aspecto. Ao mesmo tempo tem muitas curvas ‘cegas’ e tudo isso em conjunto com a fadiga física e psicológica vai tornar o obstáculo ainda maior. A pista tem também alguns ressaltos e com o decréscimo da aderência dos pneus vai tornar ainda mais exigente a condução, mas tudo em conjunto vai tornar a prova ainda mais interessante com muitos pormenores que serão muito importantes. Estou muito ansioso por descobrir como é porque é um tipo de andamento que não estou nada habituado e vou ter que me ‘acalmar’ um pouco para entrar em modo ‘endurance.’
Ambos os pilotos cumprem hoje um dia de treinos em conjunto com todas as restantes equipas presentes na prova, que ontem começaram a instalar no paddock do Autódromo Internacional do Algarve.

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