MotoGP, San Marino, Corrida: Quarta vitória consecutiva de Bagnaia

Por a 4 Setembro 2022 13:45

Nova vitória de Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) no MotoGP, quarto triunfo consecutivo – o primeiro piloto da Ducati a conquista deste marco histórico – e que permite ao piloto da Ducati assumir ao segundo lugar do campeonato de pilotos. A corrida ficou marcada pela queda de vários pilotos nas voltas iniciais, uma delas do então líder Jack Miller (Ducati Lenovo Team), que deixou Enea Bastianini (Gresini Racing MotoGP) momentaneamente no primeiro lugar. O piloto da Gresini acabou a corrida no segundo lugar do pódio, pressionando Bagnaia e a apenas 0.034s do vencedor. Ambos terminaram com uma vantagem confortável para Maverick Viñales (Aprilia Racing), o terceiro classificado.
Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory Racing) perdeu o 10º lugar que tinha quase garantido devido a uma penalização por exceder os limites de pista. O piloto português teve de cumprir uma ‘long lap’ nas últimas voltas e terminou no 11º lugar.

Destaques:
A queda de Jack Miller nas primeira voltas da corrida, assim como vários pilotos nessa fase, abriu caminho à vitória do seu companheiro de equipa Francesco Bagnaia. O piloto italiano arrancou bem e passou para o terceiro posto da classificação antes da queda de Miller e depois teve “apenas” de ultrapassar Bastianini, que nessa altura ainda não tinha um ritmo muito alto. A partir do momento em que passou para a frente da corrida, Bagnaia não conseguiu escapar aos seus perseguidores como já fez nas corridas anteriores, mas soube defender-se muito bem dos ataques tímidos de Maverick Viñales durante grande parte da prova. No final parecia ter os pneus em melhor estado do que Bastianini e conseguiu manter o primeiro lugar até à última passagem pela linha de meta e subiu ao segundo lugar na classificação do campeonato de pilotos, para além de deixar o seu nome nos livros da história do MotoGP pela conquista da quarta vitória consecutiva. 
Maverick Viñales pagou o facto de ter estado sempre “colado” à traseira da Ducati de Francesco Bagnaia e depois de cometer um pequeno erro, perdeu a posição para Enea Bastianini e nunca mais conseguiu “colar” ao italiano da Gresini. Perdeu o segundo posto depois de uma boa corrida. 
Fabio Quartararo conseguiu não perder pontos para Aleix Espargaró ao terminar em quinto, um posto à frente daquele que era o seu mais direto adversário antes do final da corrida. Tem agora Bagnaia no segundo lugar, mas a uma distância ainda grande. 
Luca Marini conseguiu terminar num belo quarto lugar, numa corrida em que tentou não cometer muitos erros, não tendo o ritmo necessário para pressionar os três pilotos à sua frente e terminando numa espécie de “terra de ninguém”. 
Destaque ainda para as muitas quedas na fase inicial da corrida, talvez por falta de temperatura nos pneus duros. A primeira queda da corrida, logo na curva 1, envolveu 3 pilotos que ficaram algo queixosos. Factor negativo, e que também teve peso na classificação final, foram os vários avisos, e algumas penalizações, por excesso de limites de pista. No final da corrida é mais fácil apontar quem não foi avisado pela direção de corrida por causa dos limites de pista. 

Filme da corrida:
Regresso do MotoGP a Misano ao circuito Marco Simoncelli para a 14ª ronda do campeonato mundial. Jack Miller (Ducati Lenovo Team) não conquistava uma pole position desde a Argentina em 2018 e saia da frente do pelotão para 27 voltas ao traçado italiano.

A corrida começou com uma queda de 3 pilotos logo na primeira curva – Pol Espargaró (Repsol Honda Team), Johann Zarco (Pramac Racing) e Michele Pirro (Ducati Lenovo Team) – enquanto Jack Miller mantinha a liderança da corrida, seguido de Enea Bastianini (Gresini Racing MotoGP) e Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team), que recuperou duas posições na partida.

Na segunda volta da corrida italiana, o líder Miller caiu e entregou de bandeja o primeiro posto do pelotão a Bastianini, que pouco depois teve algumas dificuldades para se manter em cima da moto.

Com várias quedas na fase inicial da corrida, Bagnaia ultrapassou Bastianini e começou a tentar fugir aos adversários. Pouco depois, Maverick Viñales (Aprilia Racing) assumiu o segundo posto por troca com Bastianini, enquanto Miguel Oliveira (Red Bull KTM Factory Racing) era o décimo classificado.

No final da volta 5, os primeiros cinco classificados eram Bagnaia, Viñales, Bastianini, Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team) e Aleix Espargaró (Aprilia Racing), que tinha algum terreno para recuperar para os quatro pilotos à sua frente.

Uma volta depois, Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha MotoGP) ultrapassou Aleix Espargaró e subiu ao quinto lugar da classificação. O piloto da Aprilia perdia, se este resultado se mantivesse até final da corrida, o segundo lugar no campeonato e mais pontos para o líder Quartararo.

‘Pecco’ Bagnaia não conseguia ganhar terrenos para os seus perseguidores, quando parecia que Viñales estaria mais rápido do que o líder da corrida, mas sem o conseguir ultrapassar.

Na passagem pela décima volta, Oliveira ultrapassou Álex Márquez (LCR Honda) e ascendeu ao nono posto depois de duas voltas rápidas por parte do piloto luso da KTM.

Sem grandes alterações de posições no pelotão, a 12 voltas para o final da corrida eram muitos os pilotos com avisos da direção de corrida por exceder os limites de pista, incluindo Maverick Viñales no segundo posto e Fabio Quartararo, quinto classificado.

À entrada das últimas 10 voltas para o final da prova italiana, Viñales continuava a pressionar o líder Bagnaia, enquanto Bastianini errou e permitiu a ultrapassagem de Marini, respondendo algumas curvas depois e regressando ao terceiro lugar da classificação. Um pouco mais atrás, Oliveira perdeu o nono posto para o seu companheiro de equipa, Brad Binder. Ambos os pilotos da KTM tinham já Jorge Martín (Pramac Racing) como alvo para as últimas voltas da corrida.

A nove voltas do fim, Viñales cometeu um pequeno erro, talvez causado pelo sobreaquecimento dos pneus, e perdeu um pouco de terreno para Bagnaia. O piloto da Aprilia ficou imediatamente sob pressão de Enea Bastianini, que com sucesso passou para o segundo posto da classificação. Com esta disputa pelo lugar intermédio do pódio, o líder da corrida ficou um pouco mais confortável na frente do pelotão. Em poucas voltas, Bastianini ‘livrou-se’ de Viñales e começou a pressionar Bagnaia.

Com apenas cinco voltas para terminar mais uma prova do mundial, a vitória estaria em discussão apenas entre Bastianini e Bagnaia, que tinham uma boa vantagem para Maverick Viñales.

Bagnaia tinha de tentar a ultrapassagem nas poucas voltas que lhe restavam e assim se sucedeu. O piloto da Gresini teve de travar no limite por uma vez, não conseguindo ser bem sucedido na manobra. Perdeu algum terreno para Bagnaia, mas depressa voltou a estar colado à traseira da Ducati oficial e terminou a corrida com pouquíssima margem atrás do vencedor. Foram apenas 0.034s que separaram o vencedor do segundo classificado. 

Miguel Oliveira, que tinha consolidado o décimo posto, foi penalizado com uma ‘long lap’ no final da corrida e terminou fora do top 10, em 11º lugar, atrás de Álex Marquez.

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