Sob contrato com o HRC e parceiro de Marc Marquez, Joan Mir cumpriu aquilo que foi o seu sonho de infância, mas que rapidamente se tornou num pesadelo para o espanhol que deu o título mundial à Suzuki em 2020.
Quando a marca de Hamamatsu decidiu sair do MotoGP no ano passado, Joan Mir teve que procurar uma alternativa viável. Que parecia ser a equipa Repsol HRC, nessa altura ainda uma das equipas mais prestigiadas da grelha. O facto de aparecer ao lado de Marc Márquez foi uma honra e uma responsabilidade para Mir, mas a vida do espanhol tornou-se um inferno, feita de muitas quedas e lesões e muito poucas alegrias. Basta dizer que o seu melhor resultado foi um 11º lugar na corrida de domingo em Portimão. Acrescente-se que na classificação o seu nome está na penúltima posição, com míseros 5 pontos acumulados. Um verdadeiro desastre!
A recuperar de uma lesão, se tudo correr bem Joan Mir estará na largada para o Grande Prémio da Inglaterra de MotoGP . O maiorquino, lesionado em Mugello, vai defender as cores da Repsol HRC , voltando a rodar com a RC213 V oficial, mas afigura-se uma mudança de ares no próximo ano… para uma equipa-satélite da Ducati.
Actualmente não há nenhuma Desmosedici oficial disponível, mas uma Gresini independente está em disputa no mercado e abre uma possibilidade ‘real’ para o espanhol, de acordo com rumores que circulam nos bastidores do MotoGP. Claro que, Joan Mir teria de abrir mão do salário avultado que atualmente aufere no HRC, mas qual o piloto que não gostaria de ter uma moto competitiva? Nem que seja uma Ducati privada, do ano anterior, tudo é melhor que uma Honda ‘mal nascida’ e que tem de andar no cone de aspiração das motos italianas para alcançar bons tempos.
A atual situação de Joan Mir é tão complicada – como a dos seus colegas de marca Marc Márquez e Alex Rins, também lesionados – que quase faz lembrar a situação do futebolista João Félix no Atlético de Madrid: o jogador português aufere um bom salário, está garantido por contrato, mas não marca golos que é o que mais gosta de fazer!
Um vínculo contratual mais curto, redução salarial em cima da mesa, certo, certo é que Joan Mir está em negociação para diversas situações, inclusive ter uma Ducati azul Gresini em 2024 na equipa excelentemente bem capitaneada por Nadia Padovani. Poderá conduzi-la em 2024? Pode, embora essa moto eseja a ser cobiçada por vários nomes…
Num cenário, ainda improvável, é justo pensar que com uma dupla espanhola Joan Mir-Alex Marquez, a Gresini Racing recuperaria o fulgor perdido este ano depois do brilhante terceiro lugar de Enea Bastianini no campeonato de 2022.
