MotoGP, os 10 factos mais marcantes de 2020: 9, os Cancelamentos

Por a 25 Novembro 2020 14:30

O cancelamento da maioria das provas, e todas as de fora da Europa, foi sem dúvida o facto mais marcante da época de 2020, embora provocado por um fator externo ao Campeonato

Estamos tristes por anunciar o cancelamento destes eventos .”- Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna

Logo a 1 de Março, estourou a primeira bomba, com a FIM, a IRTA e a Dorna a anunciar, com natural consternação, o cancelamento do Grande Prémio do Qatar para a MotoGP. 

O surto de coronavírus, cujas consequência de começavam apenas a vislumbrar, tinha dado origem à entrada em vigor de restrições de viagem ao Qatar, por isso, foi tomada a decisão de cancelar a competição da classe rainha.

Como as equipas e pilotos das classes de Moto2 e Moto3 já estavam no Qatar, as corridas de ambas as categorias acabaram por se realizar.

Na altura, Davide Brivio, que como Team Manager da Suzuki acabaria por ser Campeão Mundial, afirmou:

“É uma grande pena ter de cancelar esta primeira corrida da temporada, (…mas…) o mais importante é a segurança das pessoas, e temos de respeitar a decisão tomada pelas autoridades locais e pelos responsáveis do MotoGP.”

A 9 de Abril, num comunicado, a Dorna insistia que “apenas como último recurso” iriam “alguma vez ponderar discutir o cancelamento da temporada de MotoGP 2020” e prometia uma temporada encurtada para cerca de dez corridas.

“O nosso foco número um sempre foi, e continuará a ser, (…) o maior número possível de Grandes Prémios em 2020.”- disse na altura Carmelo Ezpeleta.

Na altura, Jorge Viegas, como Presidente da FIM, fez saber que a Dorna tinha todo o apoio e Portugal estava a ser considerado como alternativa a algumas provas.

A 29 Abril, uma grande machadada na época, com as corridas do Sachsenring, Assen e KymiRing canceladas devido ao surto de coronavírus. A realidade é que muitas organizações, que dependiam do rendimento da bilheteira, não podiam simplesmente contemplar organizar um Grande Prémio sem espetadores.

Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, declarou então:

“O GP da Alemanha é disputado numa pista verdadeiramente única, com uma história incrível, e o KymiRing é um novo local emocionante que receberia (o Mundial) de novo na Finlândia pela primeira vez desde 1982. (…) esperemos que a situação melhore.”

Porém, ainda piorou, com o subsequente cancelamento, a 29 de Maio, dos Grandes Prémios britânico e australiano.

O Grande Prémio da Austrália estava marcado para Phillip Island, a 25 de Outubro.

Carmelo Ezpeleta, mais uma vez: “Estamos tristes por anunciar o cancelamento destes eventos (…). Silverstone e Phillip Island são sempre dois dos fins de semana de corrida mais emocionantes da temporada (…)”

Depois,a 1 de Junho, seguiu-se o cancelamento do Grande Prémio do Japão, que estava previsto para 18 de Outubro no circuito de Motegi..

Kaoru Tanaka, Presidente da Organização, disse: “Como resultado das nossas discussões com a Dorna, concordámos que não temos escolha (senão) cancelar o GP do Japão. Entendemos que esta é uma grande desilusão para os fãs (…).”

Mais más notícias viriam com o fim da prova nos EUA, então um dos países mais afetados pela Pandemia, a 1 Julho, a que se seguiriam, a 4 de Agosto, o cancelamento do Grande Prémio da Tailândia e da Malásia de 2020, antes apenas adiados.

A boa notícia, que demos em primeira mão, foi a confirmação de um Grande Prémio de Portugal em Portimão a 22 de Novembro, após um interregno de 8 anos da última prova no Estoril em 2012.

A época acabou por se realizar com 14 excelentes corridas, mas sem GP fora da Europa, não foi bem a mesma coisa…

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