Davide Tardozzi, o chefe de equipa da Ducati no MotoGP, tem estado muito visível este ano. O italiano, sozinho no centro das atenções desde a saída de Paolo Ciabatti, desempenhou um papel fundamental na contratação de Marc Márquez, auxiliado, é preciso dizer, pelo seu icónico engenheiro Gigi Dall’Igna, um grande fã do nove vezes campeão mundo. Graças a essa decisão, que foi controversa na época – lembrem-se do debate Martin/Márquez –, a Ducati conseguiu conquistar os títulos de pilotos, equipas e construtores em 2025. Um sucesso completo… ou quase, se considerarmos os problemas de Francesco Bagnaia.
Para um documentário assinado pela DAZN, Davide Tardozzi falou longamente sobre Marc Márquez, voltando, por exemplo, ao momento da sua contratação. «Há dois anos, estávamos em Sachsenring. Durante os testes, estava na scooter e observava os pilotos. Na sua quarta queda, Marc levantou-se e encostou-se à barreira de proteção. Há uma foto desse momento. Voltei alguns minutos depois e disse: “Marc, talvez seja hora de mudar”», afirmou.
Durante aquele infame Grande Prémio da Alemanha de 2023, onde Márquez caiu cinco vezes antes mesmo da corrida começar, o espanhol mostrou o dedo ‘do meio’ à sua RC213V: uma indicação clara de que não ficaria com a Honda por muito mais tempo. Santi Hernandez, ex-mecânico-chefe de Marc Márquez, chegou a dizer que esse foi o ponto de ruptura. Davide Tardozzi aproveitou ao máximo. «Vi Marc numa situação verdadeiramente desesperada. Estas palavras chegaram até ele e, felizmente para ele e para nós, tudo acabou bem», acrescentou.
















