Peter Öttl, gestor da nova equipa Liqui-Moly Husqvarna, acredita que o quarto classificado no Campeonato do Mundo de Moto3, Ayumu Sasaki, pode conquistar o título em 2023. A equipa alemã vai disputar as temporadas de Moto3 e Moto2.
Peter Öttl dirige a sua própria equipa no campeonato da classe mais baixa do mundial desde 2016, tendo usado o seu filho Philipp numa KTM nos primeiros três anos. Após a temporada de 2018 montou uma ‘joint venture’ com o seis vezes campeão mundial Max Biaggi, que entrou como parceiro de equipa quando Phillip subiu para a Moto2, e depois formou uma dupla de pilotos na equipa Red Bull Tech3 KTM – com Marco Bezzecchi.
Desde 2020, Peter Öttl e Max Biaggi dirigem a equipa juntos nessa ‘joint venture’ e comemoram pelo menos uma vitória em GP todos os anos, em 2020 com Aron Canet até três – como em 2022 com Ayumu Sasaki (2) e John McPhee ( 1). Desde 2021, a equipa do Campeonato do Mundo de Moto2 compete sob o nome Sterilgarda Max Racing Team com motos Husqvarna, mais precisamente como Husqvarna Factory Racing Team.
O divórcio entre Ottl e Biaggi
Mas Öttl e Biaggi distanciaram-se apesar do sucesso constante, e é por isso que o fundador da equipa bávara uniu forças com a equipa Liqui-Moly IntactGP em Memmingen, que competirá com a Husqvarna pela primeira vez em 2023 e nas duas pequenas categorias do Campeonato do Mundo pela primeira vez.
Mas a separação de Max Biaggi, que se considerava o legítimo dono da equipe, foi conturbada e arrastou-se durante meses, até a IRTA e a Dorna considerarem Peter Öttl como o legitimo dono da equipa e lhe concederam as duas vagas.
Como funciona a nova equipa
“Nós aparecemos para o mundo exterior como uma equipa. Mas Jürgen Lingg será responsável pela Moto2 e eu pela Moto3”, diz Peter Öttl sobre a recém-formada equipa alemã Liqui-Moly Husqvarna.
A anterior Sterilgarda Max Racing Team desaparece após quatro anos e oito vitórias em GP’s do campeonato do mundo de Moto3. Em vez de Max Biaggi, o fundador da equipa, Peter Öttl, juntou-se à equipe Liqui-Moly de Memmingen, que competirá em duas classes de GP pela primeira vez em 2023. Na Moto2 com o campeão europeu Lukas Tulovic e o piloto da MotoGP WithU Yamaha deste ano Darryn Binder, na Moto3 com os protegidos de Öttl Ayumu Sasaki e Collin Veijer.
No futuro, a equipa Liqui-Moly será composta basicamente por duas equipas distintas, porque as duas vagas de Moto3 pertencem a Peter Öttl, as duas vagas de equipa de Moto2 são propriedade da equipa Intact, que finalmente conquistou os seus primeiros campeonatos em 2022, no seu décimo ano de existência. Tulovic dominou o Campeonato Europeu de Moto2, Domi Aegerter na Copa do Mundo de MotoE.
Externamente, no entanto, a equipa aparecerá como um todo. “Centralizamos e juntámos os nossos projetos”, diz Peter Öttl. “No final das contas é uma equipa que compete em duas categorias de GP. Jürgen Lingg faz a Moto2, eu faço Moto3; então as tarefas são divididas. Não quero entrar em detalhes sobre quem assina quais contratos e quem paga quais contas. É uma equipa, não duas, e há um responsável por cada equipa. O meu favorito na Moto3? Claramente Sasaki é o favorito ao título”, concluiu.
