Izan Guevara explica o que sente após ter conquistado o título de Moto3 e revê uma época, a segunda no Campeonato do Mundo, na qual conquistou seis vitórias e onze pódios
Como se sente?
“É uma sensação incrível. Sou campeão mundial depois de uma corrida fantástica e uma temporada incrível. Esforçei o máximo durante a corrida e no final o sonho tornou-se realidade. Quero agradecer à equipa por todo o apoio, à minha família e a todos os meus amigos.”
Quando começou a pensar que poderia lutar pelo título?
“Desde o início do ano, pensei que esta poderia ser uma temporada positiva. Não imaginava estar neste nível, mas estava confiante que estaria na luta pelo título até ao final, até à corrida em Valência. No entanto, quando definitivamente pensei que era possível foi em Aragão. Depois da corrida de Motorland, o Campeonato do Mundo estava ao nosso alcance e todos dissemos: “é hora de lutar pelo título”. A partir de então, conseguimos manter a diferença em relação aos meus rivais e tudo ficou mais fácil.”
Qual momento do campeonato que lhe traz as melhores lembranças?
“A minha melhor lembrança foi quando subimos ao pódio em seis corridas seguidas, e duas delas foram vitórias. Também vou recordar a corrida de Sachsenring porque foi a primeira corrida em que consegui escapar com uma grande vantagem, quase cinco segundos, e isso não é fácil de fazer na Moto3. Estou orgulhoso por termos feito isso e é uma memória que sempre levarei comigo.”
Qual diria que foi o momento mais difícil?
“O início da temporada foi muito difícil. Tivemos penalidades no Qatar quando estávamos na pole position, na Argentina o nosso motor partiu quando eu liderava, em Austin fomos penalizados por antecipar a largada. O Sergio e eu entramos naquele Grande Prémio com uma vantagem considerável sobre o Foggia, mas na corrida perdemos essa distância.”
Qual a importância da sua equipa nesta temporada?
“Sem eles, isto não teria sido possível. No final, somos todos uma equipa e essa é a nossa principal força. Temos sido um grupo incrível este ano, continuamos juntos e este título é a recompensa por todo o trabalho duro de toda a equipa durante a temporada.”
Qual é o próximo passo depois de vencer o Campeonato de Moto3?
“O próximo passo será dar o salto para a Moto2, mas agora quero focar-me em desfrutar deste título de Moto3 e no próximo ano estaremos no nosso melhor na categoria intermédia.”
Como se define como piloto e como pessoa?
“Defino-me como um piloto agressivo quando é o momento certo, muito competitivo e bom nas travagens. Como pessoa, estou sempre a rir-me e de bom humor. Gosto de brincar e sair com as pessoas, mas se tiver que me dar um adjetivo negativo, é que eu sou muito teimoso.”
Em criança acreditavas que chegarias a campeão do mundo?
“Se me tivessem me tivessem dito quando eu era criança que seria campeão do mundo eu não teria acreditado. A minha carreira tem sido tão rápida quanto difícil. Em um ponto da minha carreira, estive perto de me retirar porque não tínhamos dinheiro suficiente. Felizmente, poderíamos continuar a competir e lutar por títulos como este ano.”
Qual é a coisa mais importante que aprendeu este ano?
“Acho que estar na luta pelo título te faz amadurecer muito. Aprendi a ficar mais próximo da equipa, a ser constante no meu trabalho, a conhecer os meus pontos fortes e fracos. Em suma, este ano ajudou-me a melhorar mentalmente na pista e a gerenciar melhor as situações adversas. “
A quem dedica esta vitória?
“O primeiro pensamento vai para a minha família. São eles que me deram tudo para tornar o meu sonho realidade. Sem eles ao meu lado, não teria sido possível. Em segundo lugar, gostaria de dedicar este título à minha equipa por todo o esforço que fizeram nesta temporada. No final, todos juntos conseguimos este merecido título.”
