MotoGP, Aragón; Yamaha muda engenheiro

Por a 21 Setembro 2019 11:30

A revisão do projeto de MotoGP da Yamaha levou uma nova reviravolta com a notícia de que o presidente da Yamaha Motor Racing, Kouichi Tsuji, deixa o cargo, com efeito imediato.

Tsuji foi o chefe conjunto das atividades de MotoGP da fábrica, ao lado de Lin Jarvis, diretor da Yamaha Racing.

A sua saída segue a do líder do projeto de MotoGP Kouiji Tsuya – mais conhecido por suas desculpas públicas a Valentino Rossi e Maverick Viñales após a Qualificação na Áustria na temporada passada – durante o inverno. Tsuya foi substituído na altura por por Takahiro Sumi.

Questionado sobre a sua reação à saída de Tsuji, Rossi sugeriu que o japones era mais adequado para uma função de engenharia do que a gerência a nível superior.

“Eu tenho um ótimo relacionamento com Tsuji-san, porque trabalhamos juntos há muito tempo, desde 2004”, disse Rossi.

“Para mim, ele é um engenheiro muito bom, mas nos últimos anos o seu cargo não se adequava a ele, na minha opinião.”

“Logo, acho que essa mudança é boa para melhorar o desenvolvimento da moto.”

“Chegam pessoas diferentes, que para mim são muito fortes na Yamaha e precisamos delas, porque nos últimos anos estamos sempre com dificuldades demais”.

“Mas agora precisamos de tempo para melhorar, portanto veremos no futuro se somos capazes de ser fortes o suficiente para vencer”.

A Yamaha conquistou apenas duas vitórias em MotoGP nas últimas duas temporadas e meia, mas agora parece estar a ganhar força com os seus pilotos em segundo (Viñales), terceiro (Rossi) e quarto (Fabio Quartararo) atrás de Marc Marquez da Honda durante os Treinos de sexta-feira em Aragão, a seguir a uma forte exibição no fim de semana passado em Misano.

“Nas últimas corridas, especialmente durante a segunda metade da temporada, mas já na primeira, melhoramos bastante o sistema electrónico da moto em aceleração”, explicou Rossi.

“Por exemplo, no ano passado, aqui, a diferença em relação à moto de topo na saída de curva era embaraçosa.”

“Agora parece que – sem nada de especial, mas apenas trabalhando de uma maneira melhor – saímos melhor e estamos mais próximos dos outros fabricantes.”

“Essa é a principal diferença e depois de trabalharmos com as [novas peças como] o escape e também o braço oscilante de fibra de carbono, melhorámos”.

Rossi confessou estar preocupado depois de começar o dia em 17º lugar no Treino Livre 1, mas deu a volta em grande estilo para o segundo lugar atrás do companheiro de equipa Viñales na sessão da tarde.

“O dia começou muito mal porque no FP1 estávamos com muitos problemas, eu tinha um pneu duro no começo e também não estava muito forte porque não me sentia bem com a moto”, revelou Rossi.

“Fiquei bastante preocupado, porque geralmente quando se começa mal, é difícil recuperar a este nível, com muitos pilotos muito fortes.”

“Mas a equipa trabalhou bem durante a tarde, principalmente na eletrónica. Melhoramos a entrada e a saída de curva e tive uma sensação melhor. Além disso, o meu ritmo com o pneu de corrida é muito bom, mesmo que novamente haja muito pilotos em andamentos semelhantes.”

“Concentrei-me mais no ataque ao tempo, porque a previsão do tempo para amanhã é muito má, e queríamos tentar ficar entre os dez primeiros”.

“No final, fiz uma boa volta. Estou feliz porque já sou muito mais rápido que no ano passado e o 3o à geral é muito positivo se tivermos mau tempo amanhã”.

Rossi tentará acabar uma ausência de dez corridas no pódio no domingo e espera diminuir a diferença de cinco pontos para Viñales e retomar o quinto lugar no campeonato mundial.

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