A combinação do espanhol com a Ducati Panigale V4R está londe ser perfeita, ao contrário do que se diga e escreva sobre Bautista, muito difícil de derrotar desde o Campeonato do Mundo de Superbike de 2022. O espanhol de 38 anos não aceita que se diga que só rápido porque tem a melhor moto, ou porque é muito leve.
“Acho que os meus adversários não compreendem as desvantagens que tenho”, disse Bautista em Portugal, como sempre, com naturalidade. “Há situações difícieis por ser mais leve que os outros, como por vezes não sentir a moto a mover-se em baixo de mim, ou como é difícil para mim aquecer os pneus e como é difícil para mim mudar de direção. Eles acreditam que esses problemas não existem porque não os têm. Mas eles existem – para mim. Seria bom se eu pudesse deixar de sentir esses problemas.” Explicou o campeão mundial de 2022.
“Depois disso provavelmente dirias que tenho vantagens em algumas áreas, mas ao longo de uma volta inteira tenho mais desvantagens. Onde tenho vantagem? Teoricamente na reta. Ok, há uma linha reta aqui. E quantas curvas? 15. Então é 15 para 1. Adiciona a isso o vento. Não consigo mais forçar a moto e ela fica a dançar embaixo de mim por causa do vento. A roda dianteira continua a escorregar nas curvas e quando mudo de direção tenho que usar todo o meu corpo para fazer a moto mover-se.” Acrescentou o espanhol.
“Os outros todos não têm esses problemas. Eles não dizem que tenho desvantagens porque não conseguem entendê-las. É por isso que eles só veem a minha vantagem. Eles acham que estou a andar com eles sem problemas mas não é verdade. Sim, eu passo por eles na reta longa de Portimão, mas acreditem que tenho muitas desvantagens. Não estou a dizer que não posso fazer isso ou aquilo porque sou leve. Essa é a minha posição inicial e tenho que tirar o máximo proveito da minha situação.” Concluiu Bautista.
Fonte: Motosprint
