O piloto de Vidago foi um dos primeiros a parar para ajudar Sebastian Buhler após a forte queda do luso-alemão na etapa de hoje, salientando isso mesmo nas redes sociais. Rui Gonçalves tem estado consistente nas duas primeiras etapas do Rali de Marrocos, lutando com todas as suas forças para se manter no top 10 depois da longa recuperação que passou depois de uma grave lesão.
“Hoje foi um dia difícil onde encontrei o Buhler no km142 no chão e o Adrien Van Beveren e o Bradley Cox a cuidar dele juntamente com o Doutor.” Disse o ex-campeão de motocross. “Parei e todos ajudamos a levar o Seb para o helicóptero. Estou feliz por estares bem e espero uma boa recuperação. Hoje foi uma etapa longa com terreno variado e mesmo que tenhamos alguns problemas, conseguir dar o meu melhor e consegui o 9º posto.”
Rui Gonçalves naceu a 17 de maio de 1985 em Vidago, Portugal. Aos 16 anos de idade, já conquistava títulos Nacionais de Supercross, nunca esquecendo os títulos nas camadas mais jovens que relançaram a sua carreira. Desde então, o Rui começou a construir a sua lenda, de olhos postos naquele que já foi o mentor da sua carreira, o Stefan Everts.
O piloto de Vidago foi um dos expoentes máximos do nosso motocross no Campeonato do Mundo desde 2002 e ocupou o sétimo lugar do ranking MX2 (motos 125c.c. a 2 T e 250c.c. a 4 T). Foi várias vezes campeão nacional, integrou o Axo Silver Action KTM e tornou-se a grande “esperança” lusa.
No GP Portugal de 2006, o Rui esteve perto de alcançar um resultado histórico. Liderou a segunda manga MX2 e deixou o público em êxtase mas foi obrigado a desistir após detectar um problema eléctrico. Rui Gonçalves é claramente o melhor piloto português de motocross de sempre!
Em 2024, o piloto transmontado da Sherco foi o melhor português na oitava etapa da 46.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno ao terminar na sexta posição entre as motos. Infelizmente foi fatídica a penúltima etapa do Dakar 2024 para Rui Gonçalves, obrigado a abandonar devido a queda. A apenas um dia do final da prova os 480 km da penúltima etapa, encurtados para 430 por motivos de segurança, colocaram um ponto final na prova de Rui Gonçalves.
