Primeira parte da maratona do deserto, de Yanbu a Riyadh
Daqui a escassos dias, os participantes rumarão à Arábia Saudita, para alinhar na edição de 2026 do Rali Dakar, que contará com oito mil quilómetros de extensão, 4901 deles cronometrados, e como vimos, muitos portugueses já confirmados inscritos nas várias categorias.
A prova disputa-se pelo sétimo ano consecutivo na Arábia Saudita, mas há alterações para a edição deste ano, com a eliminação da travessia do deserto do Empty Quarter e a etapa maratona de 48 horas.
Vamos resumir aqui a primeira parte das 13 etapas até ao dia de descanso em Riyadh.

Prólogo – sábado 3 Janeiro – Yanbu -Yanbu – Ligação > 75 km – Especial > 23 km
A prova começa logo com um percurso tortuoso de estradões de gravilha entre pequenas colinas, que não tendo dificuldades de maior, irão mesmo assim exigir condução habilidosa.
O desafio vai provavelmente resumir-se a tempos muito próximos, com os mais rápidos a escolher a sua ordem de partida num evento ao final do dia, um formato introduzido em 2022.

Etapa 1 – domingo 4 janeiro – Yanbu – Yanbu – Ligação > 213 km – Especial > 305 km
Esta primeira especial terá dois aspetos distintos, uma primeira seção com terreno rochoso negociando passagens estreitas seguida de estradão de terra batida compactada, onde furos poderão ser um entrave antes de se chegar a uma paragem, com a segunda metade a fazer os concorrentes enfrentar terreno arenoso bastante rápido alternando com pequenas dunas. A distância relativamente modesta esconde uma variedade de terrenos que dá o mote para o resto da prova.

Etapa 2 – segunda 5 janeiro Yanbu – Alula – Ligação > 104 km – Especial > 400 km
Rumando ao interior, a paisagem logo se torna montanhosa, com escarpas a dominar o horizonte em todas as direções. Os primeiros 200 Km vão impor várias mudanças de ritmo, com seções rápidas a alternar com zonas tortuosas entre rochedos. Mais uma vez, haverá uma paragem a meio, que poderá ser útil para trocar de pneus. A partir daí, fora da zona montanhosa, um aumento de ritmo será necessário para elevar a média.
Etapa 3 – terça 6 janeiro Alula – Alula Ligação > 244 km – Especial > 422 km
Primeira incursão em pistas de areia numa paisagem pitoresca de deserto em que os concorrentes não se podem distrair a admirar as caprichosas formações rochosas esculpidas pela passagem de milénios. Na segunda fase da etapa, a capacidade de navegação começa a entrar em jogo, com inúmeras possibilidades de estradões a confundir as coisas e muito poucos acidentes de terreno como referência, pelo que o regresso poderá ser complicado.

Etapa 4 – quarta 7 janeiro Alula – Alula em Maratona – Ligação > 75 km – Especial > 451 km
Ainda sob o efeito esmagador da paisagem em espaço aberto, os concorrentes terão de se concentrar numa série de zigue-zagues entre colinas que mais uma vez ditarão variações no ritmo nesta primeira manga da etapa maratona. À chegada, dois acampamentos próximos separam as motos dos carros, embora entre-ajuda ilimitada seja permitida numa estadia dentro do mais básico possível: uma tenda e rações à luz de fogueiras.

Etapa 5 – quinta 8 janeiro Alula – Hail em Maratona – Ligação > 61 km – Especial > 356 km
Como no primeiro dia, a navegação entre vários trilhos assume grande importância, até porque apesar do ritmo aumentar, estão previstas algumas mudanças de direção enganadoras. Pelo meio, seções de terreno rochoso vão ditar prudência para não arriscar deitar tudo a perder…
Etapa 6 – sexta 9 janeiro Hail – Riyadh – Ligação > 589 km – Especial > 331 km
O início parece fácil, mas esta é a etapa mais longa deste Dakar, onde os que apreciam dunas estarão mais à vontade. A travessia da zona de Qassim, popular com os praticantes locais de TT, tem dunas a perder de vista no horizonte, com um ou outro vale pelo meio. Após a especia, segue-se uma longa ligação que leva os concorrentes aos arredores de Riyadh para o dia de descanso.
















