MotoGP, os atuais: Francesco “Pecco” Bagnaia

Por a 14 Maio 2020 16:00

Após acabar 15º no Mundial de MotoGP o ano passado, Francesco “Pecco” Bagnaia é o nosso piloto seguinte nesta apresentação detalhada do actual plantel de MotoGP, mas para o ano pode não ser assim, pois o homem da Ducati Pramac foi dos mais rápidos nos treinos pré-época, impressionando.

Pecco, nascido em Turim a 14 de Janeiro de 1997, sagrou-se campeã do mundo de Moto2 em 2018 depois de uma grande luta com Miguel Oliveira ao longo do ano e de ter vencido 8 corridas durante a temporada em Losail, Circuito das Américas, Le Mans, Assen, no Red Bull Ring, Misano, Buriram e Motegi, terminando a temporada com um total de 12 pódios, 6 pole positions e 306 pontos.

Bagnaia foi bem sucedido desde jovem nas Minimoto e venceu o Campeonato da Europa de MiniGP em 2009. A seguir, estreou-se no campeonato mediterrânico de 125 em 2010 com a equipa Monlau Competicion e terminou em 2º lugar no campeonato.

Na Moto3 em 2016

Na temporada de 2012 do CEV em Moto3, montou uma Honda NSF250R e terminou em 3º lugar no campeonato, atrás de Alex Márquez e Luca Amato, com três pódios em sete corridas. Bagnaia, como amigo pessoal e protegido de Valentino Rossi, também é um dos membros da academia VR46.

Em 2013, Bagnaia estreou-se nos Grandes Prémios com o Team Italia da Federação Italiana, com Romano Fenati como seu parceiro numa Honda.

A temporada foi um ano dececionante para Bagnaia, uma vez que não conseguiu um único ponto nas 17 corridas em que participou. De facto, a sua melhor corrida foi um 16º lugar em Sepang.

Em 2014, Bagnaia mudou de equipa para se juntar à recém-formada Sky Racing Team VR46, montando uma KTM com o mesmo parceiro, Romano Fenati. Depois de não ter conseguido pontos na sua época de estreia, Bagnaia fez uma clara melhoria depois de trocar de moto para uma KTM em vez da Honda e fez uma pré-temporada forte.

No Mundial, terminou no top 10 cinco vezes durante as primeiras 7 corridas com um quarto lugar em Le Mans como o seu melhor resultado, onde também estabeleceu a volta mais rápida da corrida. Porém, Bagnaia falhou as corridas em Assen e Sachsenring devido a lesão. Depois de ter marcado 42 pontos nas primeiras 7 corridas da campanha, Bagnaia baixou muito durante a segunda parte da temporada, acabando nos pontos apenas duas vezes das últimas 9 corridas, claramente afetado pela sua lesão. Assim, terminou a temporada na 16ª posição com 50 pontos.

Em 2015, Bagnaia fez outra mudança de equipa e de moto, desta vez juntando-se à Aspar numa Mahindra (e aos novos companheiros de equipa Juanfran Guevara e Jorge Martin) onde conseguiu o seu primeiro pódio em Le Mans, terminando a prova em 3º lugar, atrás de Romano Fenati e Enea Bastianini.

Na corrida seguinte, em Mugello, Bagnaia terminou em 4º lugar, perdendo o pódio por 0,003 segundos. Estava a caminho de mais um pódio em Silverstone, mas caiu quando restavam duas voltas, lutando com Nicco Antonelli pelo 3º lugar. Apesar de ter melhorado a sua posição no campeonato com dois lugares e de ter ganho mais 26 pontos do que no ano anterior, numa nova moto pela terceira época consecutiva, desta vez uma Mahindra, ainda foi um ano de altos e baixos para ele. Bagnaia só terminou no Top 10 cinco vezes. Também não pontuou em sete corridas, não se classificando em cinco delas. Terminou a temporada no 14º lugar, com 76 pontos, ligeira melhoria.

Em 2016, Bagnaia iniciou a temporada com um pódio em Losail e outro pódio em Jerez, terminando em 3º lugar em ambas as ocasiões. Na sua corrida de casa em Itália, Bagnaia garantiu mais uma terceira posição, batendo Nicco Antonelli por 0,006 segundos.

Isto foi seguido de uma queda em Barcelona, mas a seguir Bagnaia garantiu a sua primeira vitória no Grande Prémio do histórico circuito de Assen na sua 59ª corrida de Moto3, que foi a primeira vitória para a Mahindra também.

Conseguiu 4 pódios nas primeiras 8 corridas da temporada e viu-se a lutar pelo título. Depois de duas corridas médias e uma queda em Brno, Bagnaia conseguiu a sua primeira pole position num Silverstone afetado pela chuva e terminou em segundo atrás de Brad Binder numa corrida emocionante.

Bagnaia venceu a sua segunda corrida da temporada em Sepang, vencendo a corrida confortavelmente com um grande avanço, depois de Brad Binder, Joan Mir e Lorenzo Dalla Porta terem caído na mesmacurva durante o início da corrida, que foi marcada por múltiplas quedas.

O Torinense terminou a temporada com 145 pontos para ficar em 4º lugar no Campeonato de Moto3, com um total de 2 vitórias e 6 pódios. Bagnaia teve a oportunidade de terminar em 2º lugar no Campeonato do Mundo, atrás de Brad Binder, mas infelizmente foi eliminado em Phillip Island e Valencia por Gabriel Rodrigo. Rodrigo colidiu com Fabio Di Giannantonio, que caiu e levou Bagnaia com ele. Em Valencia, Rodrigo fez uma queda da cabeça do pelotão na primeira volta, ao chegar à última curva, e inevitavelmente Bagnaia caiu novamente.

Depois de 4 temporadas no Campeonato de Moto3, Bagnaia subiu para a Moto2, correndo pela SKY VR46, onde tinha andado pela última vez em 2014, com Stefano Manzi como seu companheiro de equipa.

Boas lutas foram uma constante em Moto2

Aqui, a melhoria foi notória, pois na sua quarta corrida de Moto2 em Jerez, Bagnaia terminou em 2º lugar. Também terminou em 2º lugar na corrida seguinte em Le Mans, depois de se ter qualificado em 2º lugar, perdendo a pole position para Thomas Lüthi por apenas 0,026 segundos.

Bagnaia subiu ao terceiro lugar do pódio em Sachsenring, terminando em 3º lugar, atrás de Franco Morbidelli, que venceu a prova e Miguel Oliveira, que ficou em segundo lugar.

Em Misano, Bagnaia terminou a corrida em 4º lugar, atrás de Dominique Aegerter, Thomas Lüthi e Hafizh Syahrin, mas Aegerter foi mais tarde desclassificado, promovendo-o ao seu 4º pódio da temporada. Foi coroado Rookie de Moto2 do ano após o Grande Prémio do Japão em Motegi. Terminou a época de estreia com 174 pontos, para ficar em 5º lugar no Campeonato de Moto2, marcando pontos em 16 das 18 corridas.

No ano seguinte, Bagnaia inaugurou a temporada com uma vitória no Qatar, tendo liderado a corrida do início ao fim. Bagnaia conseguiu a segunda vitória em Austin depois de uma luta difícil, com Alex Márquez a vencer a corrida com uma diferença de 2,4 segundos e também a fazer a volta mais rápida da corrida. Em Jerez, Bagnaia terminou em terceiro, atrás de Lorenzo Baldassarri e Miguel Oliveira, mantendo a sua posição de partida da grelha.

Bagnaia conquistou então a sua primeira pole position em Moto2 em Le Mans, e tal como a corrida no Qatar, liderou do início ao fim. A vitória foi também o seu terceiro pódio em Le Mans desde 2015.

Logo, Bagnaia conseguiu a 4ª vitória em Assen, iniciando a corrida a partir da Pole Position e liderando toda a corrida. Depois de se qualificar em 3º lugar da grelha em Sachsenring, Pecco terminou a corrida em 12 º lugar, tendo sido forçado a sair da pista depois de Mattia Pasini ter caído na última curva na segunda volta, e apesar de ter ficado na 26ª posição, ainda assim recuperou 14 lugares, incluindo ultrapassar Alex Márquez na última volta.

Em Brno Bagnaia terminou em terceiro e perdeu a liderança do campeonato para Miguel Oliveira, que começara a fazer um final de temporada forte.

Porém, o Italiano retomou a liderança do campeonato na Áustria, vencendo a sua 5ª corrida da temporada. Bagnaia venceu a sua sexta corrida da temporada em Misano a partir da pole position.

Subiu ao 5.º pódio consecutivo em Buriram, vencendo a corrida com o seu companheiro de equipa Luca Marini no segundo lugar. Conquistou a sua oitava vitória da temporada em Motegi, depois de Fabio Quartararo, que inicialmente venceu a corrida, ter sido desclassificado devido à baixa pressão dos pneus. Depois de terminar em 3º lugar em Sepang, foi coroado Campeão do Mundo de Moto2 com o seu 12º pódio da temporada.

Bagnaia também terminou todas as corridas de Moto2 em que participou, 36 no total. Marcou pontos em 34 delas e esteve numa série de 30 resultados na pontuação, partindo de Barcelona em 2017. A maré terminou quando se retirou da sua primeira corrida de MotoGP em Losail.

Depois de duas temporadas no campeonato de Moto2, Bagnaia foi promovido à MotoGP com a Ducati Pramac. Fora-lhe, de facto, oferecido um lugar em MotoGP um ano antes em 2018 com a mesma equipa, depois da sua época de estreia estelar em 2017, onde conquistou quatro pódios e terminou em 5º lugar no campeonato, atrás de Franco Morbidelli, Thomas Luthi, Miguel Oliveira e Alex Márquez, mas acabou por decidir ficar, para levar o título de campeão, um risco que compensou.

A eterna luta com Miguel Oliveira subiu à MotoGP: armas algo desiguais face à juventude da KTM…

Na Pramac, substituiu o compatriota Danilo Petrucci, que foi para a Equipa Ducati de fábrica, por sua vez substituindo o espanhol e tricampeão mundial de MotoGP Jorge Lorenzo, que assumiu o lugar deixado vago na Honda Repsol por Dani Pedrosa.

Depois de não ter conseguido marcar pontos no Qatar, onde se retirou da corrida devido a partir a asa dianteira, Bagnaia conquistou os seus dois primeiros pontos no Mundial de MotoGP, com um 14.º lugar na Argentina, tendo iniciado a corrida a partir do 17.º lugar da grelha.

Então, Bagnaia terminou em 9º lugar em Austin, ficando na posição depois de Marc Márquez e Cal Crutchlow terem caído da corrida em acidentes separados. Tanto Maverick Viñales como Joan Mir saltaram a partida e foram posteriormente penalizados.

Em Le Mans, onde Bagnaia vencera a corrida de Moto2 em 2018, caiu na sexta volta após um incidente com Maverick Viñales. Na corrida seguinte em Mugello, a sua prova de casa, Bagnaia teve um início de semana sólido. Encabeçou a segunda folha de tempo dos Livres a caminho da qualificação para o 8º lugar da grelha, mas caiu na última curva na 11ª volta, em sétimo lugar.

Foi a primeira vez na carreira de Bagnaia que não conseguiu terminar três corridas seguidas, todas por quedas.

Na Áustria, Bagnaia teve o seu melhor fim de semana de corrida desde a sua passagem pela Moto2, tanto em termos de qualificação como de corrida. Conseguiu avançar para a Q2 ao lado de Cal Crutchlow, onde posteriormente se qualificou em 5º lugar da grelha. Mais tarde terminou a corrida no 7º lugar, mesmo à frente de Miguel Oliveira que aqui também teve o seu melhor resultado da época.

Em Phillip, Island Bagnaia terminou a corrida em 4º lugar, perdendo o pódio por pouco ao terminar a apenas 0,055 segundos do seu companheiro de equipa Jack Miller.

Bagnaia terminou a época de estreia com 54 pontos, colocando-o em 15º lugar na classificação do campeonato. Falhou a última corrida em Valencia devido a lesão, mas com vimos regressaria muito forte na Ducati de 2020, liderando várias sessões dos treinos pré-época. O futuro parece brilhante.

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