MotoGP, as equipas: A Suzuki Ecstar, Parte 2

Por a 11 Junho 2020 16:00

Vimos como a Suzuki passou por um período difícil quando a classe de MotoGP se redefiniu como 800cc e todo o desenvolvimento da GSV-R foi desperdiçado e obrigou a formação a começar de novo.

Para a temporada de 2010, Álvaro Bautista juntou-se à equipa, mas com um melhor de 5º na Malásia e 5 corridas sem acabar, foi um ano de altos e baixos.

Capirossi estava em fim de carreira e isso refletiu-se nos resultados na Suzuki

 

Consequentemente, para a temporada de 2011, a equipa fez apenas uma GSV-R para alinhar só com Bautista, sem substituto para Loris Capirossi, que tinha conseguido como melhor apenas um 7º na Catalunha e se mudou para a Pramac Racing.

Bautista, sozinho, não teve um período fácil na Suzuki

No final de 2011, apesar de Bautista ter conseguido dois sextos e pontuado muito mais frequentemente, a Suzuki retirou-se da MotoGP, invocando a necessidade de reduzir os custos no meio da desaceleração económica global.

Após um intervalo de 3 anos, a 30 de Setembro de 2014, a Suzuki Motor Corporation anunciou que iria recomeçar a participar no MotoGP a partir de 2015, com Aleix Espargaró e Maverick Viñales como os seus dois pilotos. Os espanhóis correram com uma máquina de MotoGP recém-desenvolvida, a GSX-RR, com uma organização de equipa reestruturada, liderada pelo Italiano Davide Brivio, vindo da Yamaha.

A nova Suzuki de MotoGP iniciou os testes de pré-época de 2015 em Sepang, na Malásia, em preparação para o seu regresso à classe rainha em Losail.

O teste oficial de quatro dias no Circuito Internacional de Sepang foi a primeira oportunidade para Espargaró e Viñales avaliarem os novos desenvolvimentos feitos à GSX-RR no centro de desenvolvimento da Suzuki em Ryuyo, no Japão, desde os testes anteriores em Novembro.

Mais uma vez, apesar de acabar regularmente no Top 10, a Suzuki debateu-se com as naturais dificuldades de desenvolver uma moto nova com pilotos novos e uma nova equipa. O ponto alto da época foram 3 resultados em 6º, dois para Viñales na Catalunha e na Austrália e um para Espargaró em Aragón, com os dois a acabar o ano em 11º e 12º separados por 8 pontos e vantagem para Espargaró. No entanto, havia luz ao fundo do túnel, com Viñales a desistir só em duas corridas e a pontuar nas outras todas.

2016 foi ainda mais polarizado: Viñales não acabou apenas 1 corrida e conseguiu 4 pódios, incluindo uma primeira vitória sensacional e emotiva, em Inglaterra e a sua consistência deu-lhe o 4º lugar no Mundial, com Espargaró muito menos regular, as suas 6 desistências relegando-o para 11º nesse ano.

Brivio esperara por esse momento e comentou os planos para 2017: “Sentimos que fizemos melhorias muito boas, especialmente na segunda metade da temporada, diria a partir de Brno e também depois da vitória que obtivemos em Silverstone poderíamos lutar consistentemente dentro dos melhores pilotos. Ainda temos alguns problemas no molhado, mas em corridas secas estávamos sempre a lutar pelo pódio. Maverick, claro, cresceu muito e pode explorar o potencial da nossa máquina, mas também em algumas corridas como o Japão ou a Austrália o Aleix esteve em condições de lutar pelo pódio.”

A nova aquisição de Andrea Ianonne também trouxe alento à equipa:

“Esperamos muito de Iannone, assinámo-lo porque achamos que é um piloto forte e capaz de vencer corridas. Contratámo-lo antes da sua primeira vitória na Áustria, pois já tínhamos a sensação de que ele podia ser um vencedor. Cabe-nos a nós dar-lhe um bom pacote, uma moto que se adeqúe ao seu estilo de condução.”

Rins (42) e Ianonne (29) formaram uma parceria formidável

Por outro lado, ao entrar no círculo dos vencedores, a Suzuki deixou de ter concessões, ficando limitada nos treinos e trocas de motor.

Mesmo assim, 2018 foi um ano emocionante que rendeu um total de nove lugares de pódio, e terminou com a assinatura de um novo “rookie” promissor, Joan Mir.

Antes disso, Alex Rins testou a sua regularidade, tanto subindo ao pódio 5 vezes, acabando a época em 5º com dois excelentes segundos na Malásia e Valencia, como sofrendo 5 desistências, a maioria por quedas.

Ianonne, apesar de 4 pódios, teve resultados médios inferiores e acabou apenas em 10º, rumando à Aprilia a seguir.

2019 foi o melhor ano da regressada Suzuki, com Mir a revelar-se incrivelmente rápido na sua adaptação à GSX-RR, apesar de afectado por uma lesão a meio da época que lhe custou 3 corridas, e o levou a acabar o ano apenas 12º… Já Rins foi um espectáculo, lutando pela vitória em muitas ocasiões e triunfando em duas, Em Austin quando Márquez caiu e na Inglaterra quando bateu o campeão em título ao sprint para a meta, o que lhe valeu o 4º lugar no final do ano.

Para 2020, a Equipa Suzuki celebra 60 anos nos Grandes Prémios e está pronta para assumir mais uma temporada no Campeonato do Mundo de MotoGP.

Os espanhóis Alex Rins e Joan Mir vão lutar nas suas GSX-RR no formato reduzido do Campeonato agora anunciado, e espera-se que a experiência do Team Manager, Davide Brivio e a forma comprovada de Alex Rins misturada com o talento de Joan Mir seja uma combinação vencedora.

O ambicioso projeto de 2020 também será supervisionado pelo Diretor de Equipa, Shinchi Sahara, e pelo Diretor Técnico, Ken Kawauchi e a Suzuki GSX-RR, que já era a melhor em velocidade em curva, já se mostrou muito melhorada em outros aspectos fundamentais em 2020…

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