Recordes de vitórias, recordes de pódios, recordes de ‘dobradinhas’… é seguro dizer que a marca italiana teve um ano magnífico, para não dizer… extraordinário!
A temporada de 2024 do MotoGP será recordada por algumas razões. O primeiro título mundial de Jorge Martin e de uma equipa independente (Pramac), o regresso às vitórias Marc Márquez na estreia com uma Ducati (Gresini) e as 11 vitórias de Pecco Bagnaia nas corridas de domingo… a lista continua. Mas um ponto que será para sempre mencionado sobre a época que acabámos de viver é este: o domínio absoluto da Ducati.
Depois de Bagnaia conquistar títulos consecutivos de MotoGP (2022 e 2023), o piloto italiano e a Ducati naturalmente chegaram a 2024 como os favoritos ao título. Mas será que conseguiriam melhorar muito uma mota que já parecia ser um conjunto praticamente perfeito? Como os pilotos da GP23 nas fileiras da VR46 e da Gresini descobriram, incluindo o oito vezes Campeão Marquez, a resposta foi um retumbante sim.
O único outro fabricante a vencer uma corrida em 2024 foi a Aprilia, quando Maverick Viñales roubou o espetáculo em Austin. A KTM esteve à mistura em algumas ocasiões com a estrela estreante Pedro Acosta e o pilar de fábrica Brad Binder, mas, em última análise, a Ducati – nas mãos de Martin, Bagnaia, Marquez e Enea Bastianini – provou ser demasiado forte para todos. Quatro dos melhores pilotos do planeta (que, em conjunto, ganharam 14 títulos do Campeonato do Mundo) a pilotar uma moto de Grande Prémio bem afinada é sempre uma receita para o sucesso. E foi exatamente isso que a Ducati recebeu.
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Vamos então mergulhar nos números apelativos que a Ducati está a celebrar no final da campanha de 2024.
Número recorde de vitórias numa época: 19
Como já foi dito, a única corrida em que a Ducati não comemorou a vitória foi o GP das Américas. De resto, foi uma época perfeita. Bagnaia conseguiu o maior número de vitórias com uns impressionantes 11 25 pontos, Martin e Marquez conseguiram três, enquanto Bastianini conseguiu dois.
Número recorde de pódios numa temporada: 53
Apenas dois pilotos da Ducati não conseguiram subir ao pódio no domingo em 2024: Franco Morbidelli e Fabio Di Giannantonio, com o último a falhar os dois últimos Grandes Prémios devido a lesão. Os quatro vencedores, mais Alex Marquez da Gresini e o antigo piloto da VR46 Marco Bezzecchi, conseguiram pelo menos um pódio cada. Além disso, em todas as corridas, pelo menos um dos pilotos Martin, Bagnaia, Marc Marquez e Bastianini esteve na tribuna de domingo. Impressionante.
Número recorde de ‘dobradinhas’ Ducati: 17
É mais fácil dizer-lhe as corridas em que não assistimos a um 1-2 da Ducati em 2024. Talvez já as conheças. A noite de abertura da época no Qatar foi a primeira vez que isso aconteceu, com Binder a conquistar o P2 atrás de Bagnaia. O já mencionado GP das Américas foi a segunda vez em que Viñales e Acosta foram primeiro e segundo para a Aprilia e a KTM. Depois, a próxima e última vez que um Ducati 1-2 não aconteceu foi na Indonésia, quando Acosta terminou em P2 atrás de Martin.
Número recorde de bloqueios de pódio: 14
A seguir à lista acima, houve apenas mais três corridas em que um piloto não-Ducati subiu ao pódio. Foram em Portimão, Aragão e Buriram, e em todas as três ocasiões foi Acosta que conquistou o P3.
Para além de tudo isto, a Ducati também ganhou três títulos consecutivos de Pilotos pela primeira vez na sua história, enquanto foi também a quinta vez consecutiva que os italianos ganharam a coroa de Construtores – e a sexta no total. Esta série de cinco vitórias consecutivas significa que a Ducati se tornou o primeiro construtor a conseguir tal feito na era do MotoGP, e apenas a quarta fábrica na história da categoria rainha a fazê-lo, depois da MV Agusta, Suzuki e Honda.
