Não é nenhum segredo que a Ducati tem a melhor moto de MotoGP há mais de um ano. A marca de Borgo Panigale dominou o segundo semestre de 2021 e depois de começarem esta época com alguma hesitação, voltando a dominar sem cerimónia no segundo semestre de 2022. Mas nem tudo é uma questão de velocidade… mas também de segurança.
Um dos pontos fortes da Ducati Desmocedici GP é ser uma moto bastante confortável para pilotar no limite. Na Ducati tudo flui melhor, seja devido à eletrónica, aerodinâmica ou uma combinação dos dois fatores, tanto que as lesões não foram um problema na presente temporada.
Com oito motos em pista, a Ducati vai conseguir em Valência o que parecia impossível: que nenhum dos seus pilotos se tenha lesionado até agora esta temporada. Algo que não apenas fala das poucas quedas sofridas pelos seus pilotos, mas também de menores danos na vasta frota de motos. Um ‘dois em um’ precioso.
Nenhum piloto da Ducati perdeu uma corrida devido a lesão em 2022
Chegando a Valência com todos os seus pilotos saudáveis, já se pode confirmar que nenhum dos oito pilotos da Ducati falhou qualquer corrida até ao momento devido a lesão. O mais próximo foi Michele Pirro, o piloto de testes, que colocou uma nona moto na pista em Misano e se aleijou num acidente múltiplo onde não foi culpado.
Mas Pecco Bagnaia, Jack Miller, Jorge Martín, Johann Zarco, Enea Bastianini, Fabio Di Giannantonio, Luca Marini e Marco Bezzecchi estiveram em todas as corridas desta temporada. Um fato que fala de um dos pontos fortes desta Ducati.
Se olharmos para o resto das marcas, vemos que mesmo com menos motos em pista é normal que um dos seus pilotos falhe uma corrida devido a lesão. O caso da Honda é o mais claro, não só com a provação de Marc Márquez , mas também com as ausências de Pol Espargaró em Sachsenring e Takaaki Nakagami no circuito asiático.
Na Suzuki, os dois pilotos tiveram que perder uma corrida. Álex Rins não esteve em Sachsenring devido a lesão e Joan Mir perdeu até quatro eventos após o stick ocorrido no Red Bull Ring. Na KTM a vítima chamou-se Raúl Fernández, que não correu em Portimão ou Jerez devido a lesão.
É verdade que as outras duas marcas que enfrentaram a Ducati em 2022, a Aprilia e Yamaha, também não tiveram ausências por lesão este ano. Mas não devemos esquecer que eles têm menos motos na pista e, acima de tudo, que tanto Aleix Espargaró sofreu em pista depois da queda em Silverstone, assim como Fabio Quartararo na Malásia, com um dedo fracturado e que será operado após Valência, sendo ambos forçados a rodar lesionados.
