Fabio Quartararo assegurou o título mundial de pilotos de MotoGP no último fim de semana, em Misano, o último título de pilotos que a Yamaha alcançou desde 2015, na altura com Jorge Lorenzo. O já retirado piloto espanhol acredita que a marca japonesa merece o sucesso porque “trabalhou muito”.
“A Yamaha diz-me muito porque os três títulos mundiais que eu alcancei foi com eles, por isso eu vou ser sempre lembrado como piloto da Yamaha, mas eles são uma família, são muito leais e dão-te sempre confiança nas fases mais difíceis”, começou por dizer Lorenzo, antes de destacar a evolução do campeão mundial francês.
“Ninguém esperava quando o Fabio chegou com a Petronas (SRT) em 2019 que ele fosse tão competitivo e depois campeão mundial. As pessoas pensavam na Moto2 que ele não era muito competitivo, que ele era talentoso, mas não muito consistente, mas pouco a pouco, ele melhorou a cada ano e mudou bastante comparado com a época passada, nunca cometeu erros”.
Lorenzo acrescentou que Quartararo ficou surpreendido ao assegurar o título em Misano, porque estava mais à espera que acontecesse em Portimão.
“Não acho que ele estivesse à espera de se tornar campeão mundial em Misano, era sempre uma possibilidade porque acidentes podem sempre acontecer e acabou por acontecer ao Pecco [Bagnaia], mas ele esperava mais que fosse em Portimão, por isso recebeu uma surpresa”, acrescentou, assinalando a pressão que Bagnaia vinha a colocar em Quartararo nas corridas mais recentes.
“O Pecco tem sido bastante forte nas últimas quatro ou cinco corridas, tem estado sempre na pole position e quase sempre a ganhar, por isso, isto colocava pressão extra no Fabio porque, pouco a pouco, a sua vantagem no campeonato era reduzida. Com o Pecco na pole e ele em 15.º, as circunstâncias não eram fáceis, mas ele nunca stressou nem perdeu a cabeça, recuperou posições aos poucos e teve sorte com a queda do Pecco”, terminou.
Texto de Bernardo Figueiredo
