A primeira vitória do Jorge Martin em MotoGP, e primeira da sua equipa Pramac foi extraordinária de muitas maneiras
Há 113 dias, ou três meses e meio se quiserem, o piloto de Madrid e rookie da Ducati Pramac estava numa cama no hospital de Faro com numerosas fraturas na mão e no pé, traumatismo craniano, e lesões no joelho, após uma violenta queda a alta velocidade no circuito de Portimão.
Fora o ponto baixo da carreira de Martin em MotoGP, a ponto de fazer o piloto interrogar-se se valeria a pena toda a dor e sacrifício, carreira que começara em alta com um pole e liderando boa parte da corrida no Grande Prémio do Qatar e agora parecia seriamente comprometida.
O regresso, porém, foi igualmente de conto de fadas…
Primeiro, modestamente, mas logo nos pontos na Catalunha, depois mostrando-se em toda linha na Áustria e aproveitando o bom casamento das características da Ducati com o traçado austríaco para averbar mais uma pole nos últimos segundos da sessão de qualificação.
Desta, para a seguir com maturidade destreza, para liderar toda a corrida a caminho da vitória… Martinar a corrida e os rivais, como ele diria!
Para a formação de Paulo Campinotti, dirigida habilmente pelo mais jovem dos irmãos Guidotti Francesco, a vitória foi inteiramente merecida e que já vem tarde se considerarmos o elenco de luxo que tem alinhado pela equipa ao longo dos anos.
Autêntica escola e viveiro de pilotos para a Ducati, a marca já viu passar pelas suas fileiras nomes como Biaggi, Elias, Capirossi, Iannone, Miller, Zarco e Bagnaia, todos nomes sonantes que iriam ascender a melhores coisas, mas todos sem poder gabar-se do simples facto de terem dado uma vitória à equipa em MotoGP que George Martin agora conseguiu…decerto, pelo talento já demonstrado antes e agora comprovadíssimo, a caminho de mais e melhor!
