Moto2 2017, a KTM vai estar á altura?

Por a 7 Março 2017 15:15
Brad Binder e Miguel Oliveira

Brad Binder e Miguel Oliveira

Apesar de não ser a classe rainha, certamente que para o publico português a classe Moto2 é a que mais interessa…neste momento!

Este ano de 2017 marca a segunda época de Miguel Oliveira e agora integrado numa equipa que não sabe o que é falhar!

A KTM não costuma perder os seus desafios em competição, vejam-se os resultados das varias equipas oficiais no Dakar, MXGP, EnduroGP, Ama Supercross e Motocross, Super Enduro, Hard Enduro e Moto3

Não satisfeita com o desafio de entrar apenas no MotoGP, a KTM decidiu aceitar mais um desafio ainda para 2017 e assim avançou com a AJO Motorsport para a classe Moto2.

São 2 novos projectos ultra ambiciosos para a KTM, a juntar á classe Moto3 que já bem conhece e onde já venceu por 3 vezes o campeonato pelas mãos de Sandro Cortese em 2012, Maverick Viñales em 2013 e Brad Binder em 2016.

É um facto que sendo a KTM uma marca sobretudo vocacionada para as categorias de “terra”, o desdobramento da gama para as motos de estrada fez com que a marca tivesse também que mostrar o que vale nas pistas de asfalto.

A entrada na velocidade deu-se em 2012 com o arranque da categoria Moto3, a primeira época com motos a 4 tempos de 250cm3 e fê-lo em parceria com a AJO Motorsport, com excelentes resultados, repetidos ao longo dos últimos 5 anos.

Faz portanto sentido alargar a parceria para o desafio Moto2, tanto mais que a AJO Motorsport é muito experiente nesta classe tendo conquistado o titulo mundial nos últimos 2 anos com Johann Zarco. É importante percebermos que também a AJO está habituada a vencer e melhor do que ninguém eles sabem o que vale a KTM.

A categoria Moto2 é especialmente competitiva e diferente da outras classes pelo facto de os motores de 600cm3 serem todos iguais e produzidos pela Honda. O que difere são os quadros, sendo que 90% são fabricados pela Kalex.

Ou seja a KTM vai correr oficialmente com o seu próprio quadro e com um motor que não é construído por si…o que não deixa de ser interessante.

Uma marca com as ambições da KTM que vende 5 em cada 10 das motos de todo terreno que se vendem no mundo, abraça agora um projecto ainda mais ambicioso, pela enorme concorrência existente, o de se tornar a rainha da velocidade!!

E para tal, escolheu o nosso Miguel Oliveira, facto que nos parece ser da maior relevância, pois o objectivo é o de juntar no mesmo projecto o maior numero possível de elementos favoráveis e ganhadores, que possam maximizar a probabilidade de êxito.

E essa é a maior vitoria que o Miguel Oliveira já conquistou….pois a verdade é que tendo corrido com a KTM AjO Motorsport em Moto3 em 2015, e ter falhado a conquista do título por…uns minúsculos 6 pontos, após infligir uma grande dose de humilhação ao vencedor Danny Kent, a sua escolha para esta nova equipa mostra bem o que a KTM espera do piloto português.

Todos assistimos com grande ansiedade ao desenrolar do campeonato de Moto2 em 2016 e sofremos muito, prova após prova a acompanhar o Miguel, sem que os resultados se viessem a aproximar do que gostaríamos e esperávamos.

Não houve grande evolução nos resultados ao longo da época e percebia-se nitidamente que a equipa patinava sistematicamente na evolução e afinação da moto. De corrida para corrida a situação repetia-se chegando a cada nova pista e iniciando um processo de afinação que mais parecia o de uma equipa principiante nestas andanças. E tratando-se de um quadro Kalex igual ao da grande maioria das outras equipas e de um motor também idêntico…. Claro que essa situação de semelhança de material, leva a que a vantagem se conquiste pelo somatório de pequeninos detalhes…que a Leopard Racing nunca dominou..

Chegámos ao ponto de partida em 2017 e estes primeiros testes oficiais em Jerez vão finalmente mostrar-nos o que poderemos esperar para o Miguel Oliveira. Somos portugueses, somos poucos e nesta categoria nunca um português chegou tão longe, nunca poderemos esquecer o autentico brilharete de 2015 e agora a fasquia está elevada, após o interregno de 2016 que todos consideramos ter sido um ano normal de aprendizagem.

Agora queremos mais, tanto do Miguel, como da KTM, como da AJO, um trio de vencedores!

 

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