Aki Ajo falou recentemente à MCN sobre a fase inicial da sua carreira e sobre os talentos que já estiveram nas sua mãos ao longo dos anos nas classes inferiores de Moto2 e Moto3. Ajo é um dos chefes de equipa com maior sucesso nos últimos anos, com vários titulos nas classes mais baixas do MotoGP.
O finlandês começou por falar sobre a criação da sua empresa, a AjoMotosport: ‘Pensaram que eu era maluco, mas em 1997 fundei a ‘AjoMortorsport’, a mesma empresa que ainda está registada na Finlândia e que gere a minha equipa. Os pais e as crianças vinham ver as motas e comprá-las. Essa foi a minha escola de economia, mas também a minha escola de engenharia e de equitação. Comecei a sonhar em ter a minha própria equipa e que um dia iria competir no campeonato do mundo. As pessoas riam-se de mim, começámos com equipamento de corridas no gelo, antes de passarmos aos campeonatos europeus e escandinavos. Depois, as coisas tornaram-se sérias em 2001, com dois wildcards de Mika Kallio.’
Acrescentou ainda sobre a gestão que teve de fazer com os talentos que teve na sua equipa durante os anos.
– Tento manter as pessoas ao mesmo nível. Somos humanos e talentosos, e todos temos pontos fracos. Marc Márquez era especial, mas vimos que ele é humano. A vida nem sempre é fácil e eu tento ensinar aos meus atletas que precisamos de momentos de fraqueza, tantos quanto os de sucesso. Com o Pedro é como com o Marc, ele percebe muito da vida desde muito novo e é especial, mas também é sensível. Em 2022, quando estava mentalmente deprimido e perdeu a confiança, disse-lhe que precisava de passar por isso e que é muito importante ter este momento (de dúvida) agora, porque se vier mais tarde, é ainda mais complicado para ele. Quanto mais cedo tivermos problemas, mais fortes nos tornamos e se passarmos por problemas, quando nem tudo é tão fácil, quando chegamos ao topo, temos mais hipóteses de ficar.
Imagem:Gold & Goose / Red Bull Content Pool
