Desde a estreia do Autódromo Internacional do Algarve no calendário do MotoGP, Miguel Oliveira foi sempre o grande protagonista português, carregando o orgulho nacional em cada corrida disputada em Portimão. A sua história com o traçado algarvio começou de forma inesquecível em 2020, quando, ao serviço da Tech3 KTM, conquistou uma vitória dominante no Grande Prémio de Portugal — a segunda da sua carreira na classe rainha. Nessa corrida, Oliveira partiu da pole position e liderou todas as voltas, vencendo de forma incontestável, num momento que ficou gravado na história do desporto motorizado nacional.
No ano seguinte, em 2021, já com as cores da equipa oficial da KTM, o piloto de Almada terminou o GP de Portugal na 16.ª posição, depois de um fim de semana complicado. Ainda assim, na segunda visita do campeonato a Portimão nessa mesma época — o GP do Algarve, em novembro — Oliveira recuperou o brilho e terminou num sólido 14.º lugar, dentro dos pontos, após uma corrida desafiante marcada por condições mistas.
Em 2022, Oliveira voltou a mostrar a sua garra em casa e conquistou um 5.º lugar no GP de Portugal, numa exibição muito consistente e inteligente, confirmando a sua evolução e domínio do circuito. Já em 2023, aos comandos da Aprilia da RNF, o piloto português viu-se novamente traído pela sorte, abandonando a corrida após um incidente nas primeiras voltas com Marc Márquez quando rodava na terceira posição, que o impediu de lutar pelos lugares cimeiros. Já em 2024, a correr com as cores da Trackhouse Racing MotoGP, Oliveira terminou na 9ª posição da geral.
Ao longo dos anos, Miguel Oliveira construiu em Portimão uma ligação especial com o público e com o circuito, sendo o único piloto português a vencer um Grande Prémio de MotoGP em solo nacional. Cada passagem sua pelo Algarve foi marcada por emoção, determinação e um profundo sentimento de orgulho, tornando o Autódromo Internacional do Algarve um palco simbólico na sua carreira na categoria rainha.
Agora, Miguel Oliveira ao serviço da Prima Pramac Yamaha terá pela frente um grande desafio com uma moto teoricamente bastante compatível com o circuito português, a Yamaha YZR-M1. No entanto, Oliveira e a sua equipa vêm de um resultado complicado no GP da Malásia. Apesar deste resultado, Miguel Oliveira corre num circuito que conhece de “olhos fechados” e para além de ser a corrida de “casa” será a última vez a correr na classe de MotoGP diante do público português.




















