Na véspera das férias de verão, após o quinto fim de semana consecutivo de 37 pontos, Marc Márquez finalmente admitiu algo que muitos no paddock já pensavam há muito: este campeonato é dele.
Após 12 etapas, o piloto de fábrica da Ducati está com 120 pontos de vantagem na classificação de MotoGP, tendo acumulado oito vitórias em Grandes Prémios e 11 vitórias em sprints, com apenas dois desses 12 eventos sem pódio no domingo.
A melhoria de forma que Márquez demonstrou em 2025 na GP25 remonta aos seus dias de domínio na Honda, mas é indiscutivelmente mais impressionante tendo em conta que tem agora 32 anos e está a recuperar de uma grave lesão no braço em 2020 e dos anos de recuperação subsequentes.
Mas também coincidiu com uma grelha que não lhe chegava aos pés. Alex Márquez fez um grande trabalho no início da temporada com a sua Gresini Ducati de um ano, chegando a liderar a classificação em duas ocasiões. Mas as esperadas múltiplas vitórias em Grandes Prémios não aconteceram, enquanto a prestação de Pecco Bagnaia caiu drasticamente, pois continua incapaz de se adaptar à GP25.
Marc Márquez, de forma alguma, teve vida fácil. Mas os seus rivais escolheram um mau ano para cometer erros, considerando o quão bom o piloto de 32 anos tem sido esta temporada.
Faltam ainda 10 provas, mas as estimativas seguras sugerem que a 18ª etapa, na Indonésia, de 3 a 5 de Outubro, será o fim-de-semana em que Márquez será coroado pela sétima vez na categoria rainha – igualando a marca de Valentino Rossi, registada em 2009.
Com uma média de 31,75 pontos por fim de semana, em comparação com os 21,75 do seu rival mais próximo, Alex Márquez, é provável (se continuar assim) que Marc Márquez possa celebrar o seu primeiro campeonato na Ducati no quintal da Honda, em Motegi. Se conseguir somar mais 103 pontos do que Alex Márquez nas próximas quatro etapas – o que não será tarefa fácil –, poderá mesmo garantir o campeonato em Misano, em meados de setembro.