A chegada de Toprak Razgatlioglu ao MotoGP em 2026, a pilotar pela Prima Pramac Yamaha, já é um dos principais eventos da pré-temporada. Três vezes campeão do mundo de Superbike, o piloto turco finalmente dará o salto para a categoria rainha. Mas, embora esta promoção seja uma recompensa para Toprak, também pode marcar o início de um período extremamente difícil para o seu futuro companheiro de equipa, Jack Miller.
Quando a Yamaha decidiu contratar Razgatlioglu, o futuro de Jack Miller no MotoGP tornou-se imediatamente incerto. O contrato do australiano expirava no final de 2025, e muitos imaginaram que a Yamaha aproveitaria a oportunidade para virar a página. No final, a fabricante japonesa fez uma escolha diferente: manter Miller por mais uma temporada, enquanto dispensava Miguel Oliveira para abrir espaço na Pramac.
Esta renovação, no entanto, parece mais um adiamento do que um verdadeiro sinal de confiança. Miller obteve apenas um contrato de um ano, com uma missão muito clara: ajudar a Yamaha a desenvolver o seu futuro motor V4.
Jack Miller é hoje o único piloto da Yamaha com experiência genuína com motores V4 no MotoGP, adquirida na Honda, Ducati e KTM. Esta experiência é inestimável, especialmente porque a Yamaha está a preparar uma grande transição: abandonar o seu tradicional motor de quatro cilindros em linha por um V4 no último ano do regulamento de 1000cc, antes da chegada do 850cc em 2027.
No papel, Miller é, portanto, indispensável. Na pista, porém, não tem mais o direito de cometer erros.
Toprak Razgatlioglu chega ao MotoGP com uma enorme reputação, mas também com incógnitas: adaptação a uma moto radicalmente diferente, pneus Michelin, gestão da distância da corrida. No entanto, as expectativas são altas, especialmente porque vem de um intenso duelo vencido contra Nicolò Bulega pelo título de Superbike em 2025.
















