A FIM adiou a inspeção final para permitir realizar algumas alterações
A conclusão das obras no circuito de Goiânia para receber o MotoGP de volta ao Brasil foi adiada, já que ainda são necessárias algumas alterações. Após vistorias feitas pela comissão médica e por representantes de FIM e da Dorna, a conclusão dos trabalhos no Autódromo Internacional Ayrton Senna teve de ser adiada.
Inicialmente, a expectativa do governo de Goiás era entregar o circuito de Goiânia no início de dezembro, mas a finalização das obras não ocorreu conforme o previsto, devido a pedidos de alterações feitos após vistorias de uma comissão médica e também de representantes da FIM e da Dorna.

Desde o mês passado, o circuito goiano recebeu vistorias de uma comissão médica, da entidade máxima do desporto e, mais recentemente, de inspetores da Dorna. Tudo isso faz parte do processo de homologação da pista, que ainda está em curso, para permitir o regresso do Mundial ao Brasil, após a última prova, que se realizou em 2014, mas em Brasília. Durante essas visitas, foram solicitadas algumas alterações, com a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer a confirmar que a comissão médica, por exemplo, solicitou a adição de uma cobertura no ponto de entrada da ambulância no centro médico, uma medida para garantir mais privacidade.
Os inspetores da FIM, por outro lado, pediram outras modificações, a maioria delas na área do paddock. Foi solicitado aos empreiteiros o alargamento de 1,5 metros das portas das boxes. Essa obra, que é a de execução mais complicada, já começou. Além disso, os fiscais solicitaram que o espaço atrás da parte edificada tivesse mais profundidade, em vista do número de veículos que terá de acomodar. O novo projeto já foi aprovado e também está em fase de execução.

As obras no circuito de Goiânia foram iniciadas ainda em janeiro, com a demolição e reconstrução da torre de controle, a modernização das 22 garagens existentes e revisão da área de camarotes. Mais importante, porém, foi o trabalho feito na pista, especialmente para aumentar a segurança. Além do reasfaltamento completo, as áreas de escapatória foram alargadas e as barreiras de pneus substituídas.
Quando faltam 96 dias para o GP do Brasil, o asfalto já está pronto e em fase de cura. A FIM não apontou nenhum problema nessa área e nem tampouco nas áreas de escape.
No entanto, a entidade pediu uma alteração nas zebras das bermas, um trabalho que já começou a ser feito.
Por conta do atraso consequente destas alterações, a entrega das obras não tem previsão de data. A Secretaria de Estado EEL garante que as modificações solicitadas “não comprometem o planeamento com a Dorna e a FIM” e considera que mais de 85% do trabalho já está concluído.
A última etapa da homologação da pista é um evento teste, que vai reunir toda a equipa de comissários, resgate, médicos e todos os envolvidos na realização do GP do Brasil, entre os dias 28 de fevereiro e 1 de março. Trata-se de uma corrida de moto, que não será aberta ao público e nem fará parte do calendário oficial de competições. Esta atividade é organizada pela Brasil Motorsport, a promotora do GP.
O GP do Brasil está marcado para o dia 22 de março, a segunda etapa da temporada 2025 da MotoGP. A estreia do campeonato acontece entre 27 de fevereiro e 1 de março, na Tailândia.














