O atual campeão do mundo de Superbike e ex-piloto de MotoGP Álvaro Bautista acredita que é a agressividade dos pilotos, e não o novo formato de fim de semana de corrida que causa o maior problema nas corridas Sprint.
Vários pilotos de MotoGP criticaram a primeira corrida de sprint na abertura da temporada em Portugal. Fabio Quartararo chamou-a de “uma selva”, temendo que haja “algum acidente grave”. Jack Miller, por outro lado, mostrou-se entusiasmado com a nova dinâmica estabelecida nos fins de semana de Grande Prémio, Aleix Espargaró sentiu que era responsabilidade dos pilotos gerir a agressividade durante as corridas de Sprint, ponto de vista com o qual Bautista concorda.
“Não acho que os sprints sejam perigosos. Outra coisa é como cada um administra isso. O risco e o perigo são uma questão dos pilotos, não da corrida ou do formato”, disse Bautista que mudou do MotoGP para o Mundial de Superbikes na temporada de 2019.
“Gosto muito mais do novo formato do que do anterior. O que mais gosto são as corridas, não os treinos, onde apenas se dá voltas. Pessoalmente, acho que a mudança foi um sucesso, porque atrai muito mais atenção do público. Além disso, para os pilotos é um desafio porque é preciso estar muito concentrado e cometer menos erros, já que a recuperação custa mais.”
“Para os pilotos é algo novo, e só de ouvirem a palavra sprint, a primeira coisa que pensam é atacar desde o primeiro momento. Quando eles virem como funciona e como devem administrar, a agressividade vai diminuir. Na verdade, somos mais agressivos nas corridas longas do que nas curtas no Mundial de Superbikes.”
Alvaro Bautista acredita que os pilotos de Grandes Prémios vão se acostumar com o novo ritmo dos fins de semana, da mesma forma que fizeram com as mudanças no formato de qualificação anteriormente.
“A mesma coisa aconteceu quando a sessão de qualificação foi dividida em Q1 e Q2. Primeiro falava-se muito sobre isso, e agora ninguém questiona mais esse formato. Todas essas mudanças jogam a favor do espetáculo. Por exemplo, se largares em décimo tens de desafiar metade da grelha na primeira curva. Então, mais do que agressividade, o mais importante é a posição partida na grelha.” Conclui.
