Um estranho apêndice aerodinâmico montado na cauda surgiu na M1 do francês esta tarde em Portimão, lembrando os porta-copos usados na restauração. Pelo menos em Iwata, não copiaram a concorrência!
Há gostos para tudo, mas a peça montada na Yamaha de Fabio Quartararo está a despoletar comentários nada lisonjeiros. Isso significa, antes do mais, que o apêndice aerodinâmico usado esta tarde pelo francês não é nada agradável à vista. Mas a equipa Monster Energy, procura soluções cada vez mais eficazes em termos aerodinâmicos, deixando de lado as virtudes estéticas. E não foram os únicos a fazê-lo nos testes de MotoGP de Portimão .
No momento parece que as asas e todos os pacotes aerodinâmicos que desvirtuam as linhas das motos de MotoGP, trazem vantagens em termos de downforce, estabilidade, precisão e aderência. É o detrimento da imagem, em favor do cronómetro, tal como acontece há muito na Fórmula 1!
No entanto, quem está aos comandos da moto sofre mais. As forças laterais expressas pela aerodinâmica, começam também a ser sentidas nos braços, cabeça, corpo e pernas dos pilotos. Mas, mesmo levando isso em conta, se o desempenho melhorar, a solução torna-se perfeita. É por isso que está ali a “bandeja” ancorada na cauda da M1: para trabalhar, não para agradar!
Parece uma combinação entre o antigo e o moderno, com um estilo artificial e plastificado, pensado para surpreender quem procura algo diferente. Obviamente, a razão pela qual o conceberam em Iwata está na busca por maior estabilidade e carga na parte traseira na travagem, quando o piloto move seu corpo em direção ao ápice. Será que vai dar certo? Vamos ver.
