Com a saída da Aprilia no final da presente temporada do ‘capitão’ Aleix Espargaro, de Maverick Viñales e Miguel Oliveira no final do ano, fica a questão de saber quem vai tratar do desenvolvimento da RS-GP de 2025.
A Aprilia tem muitos motivos para estar entusiasmada com a próxima época. Conseguiu tirar das garras da Ducati um dos melhores pilotos de MotoGP da atualidade, Jorge Martin; assinou com um vencedor comprovado, Marco Bezzecchi e ganhou um excitante estreante na Trackhouse, Ai Ogura.
Mas isto cria um problema. A Aprilia começou a época de 2024 em boa forma, com Maverick Vinales a vencer o Grande Prémio das Américas. Desde então, no entanto, deu claramente um passo atrás em comparação com a principal rival Ducati, com o CEO Massimo Rivola a admitir recentemente que a sua marca está a “fazer algo errado” com a sua RS-GP. A marca precisa de continuar a desenvolver a sua moto para se manter competitiva em 2024 e manter uma base sólida para a sua rival do próximo ano.
Mas com Vinales a ir para a KTM, Aleix Espargaro a mudar-se para a Honda como piloto de testes e Miguel Oliveira a ir para uma Yamaha de fábrica em Pramac, a Aprilia está entre a espada e a parede – em termos de quanto quer realmente que a sua atual lista de pilotos se desenvolva antes de levar segredos aos rivais. Pode isto bloquear o desenvolvimento da moto de Noale?
Certamente, o desenvolvimento para 2025 será assumido por um conjunto de pilotos completamente novos na RS-GP. Isso não quer dizer que não sejam capazes, mas com um período de testes tão limitado para os pilotos agora, terão pouco tempo para se familiarizarem com a RS-GP antes do início da nova campanha na Tailândia, em fevereiro próximo.
No papel, o tempo de Fernandez na Aprilia não viu o estreante recordista de Moto2 de 2021 florescer da forma que se esperava. Marcando 51 pontos em toda a campanha de 2023, com um quinto lugar no GP de Valência no final da temporada, Fernandez é atualmente o 16º na classificação após 11 rondas em 2024.
No entanto, quase alcançou o seu recorde do ano passado, com 46 pontos, e conseguiu um sexto lugar no GP da Catalunha, um dia depois de se ter qualificado na primeira linha e de ter liderado o sprint antes de se despistar.
