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Valentino, de Tavullia e do mundo inteiro. Por João Pais

Pedro Mendes por Pedro Mendes
25 Dezembro, 2020
em Moto GP, Newsletter
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Valentino, de Tavullia e do mundo inteiro. Por João Pais

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Vale, filho de Graziano.

Ao pai conhecem-se-lhe três vitórias, pilotando uma Morbidelli, categoria de 250 cc, corria o ano de 1979.

Ao filho, em seu segundo ano a competir em Mundiais, já semelhante currículo era multiplicado por quatro, reduzindo a façanha do progenitor a minudência de pouca monta.

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Pois é isso, assim um género de rolo compressor que começou desde logo por transformar a vitrine do pai herói em algo que caberia numa de suas gavetas de cartões de visita.

Valentino, Vale, VR46, contrapondo o enrola línguas, três alegres tigres num mesmo piloto.

Mas chegaria um maior ainda.

Il Dottore, o sorriso mais veloz do mundo, a única mancha amarela que pode pedir meças ao sol.

Conheci Valentino muito antes de conhecê-lo, quer dizer, conheci-o por partes.

Primeiro o nome.

Valentino Rossi é um Ayrton Senna, um Cassius Clay, um Pelé, toda a gente os conhece, inclusive os alienígenas que visitam a terra em naves espaciais partindo de imediato.

Por isso, e porque a pessoa vive no planeta Terra, ali a partir do virar de século esse nome começou a fazer parte dos dias de quem pegava num jornal com alguma frequência.

Porém, antes mesmo de lhe saber o nome, descobrira-lhe as feições.

Estranhíssimo fenómeno que passo a explicar.

Por volta dos idos de 1990, na minha primeira incursão à América, comprei uma revista de Comics que se tornaria vicio de humor imperdível: MAD. Ora todas as capas dessa revista reproduziam, de um modo ou de outro, a imagem de um adolescente com ar de meia loucura.

Perceberia mais tarde, corria já o ano quinto do pós-2000, que aquele campeãozão louco em sua velocidade e grandeza não era senão a encarnação das capas MAD que me hipnotizavam…

Achais-me louco?

Mad, eu?

Lanço o desafio, pesquisem, comparem, confiram e concluam, se ele há coisas do arco da velha, esta é uma delas.

Penso agora que a História estava apenas e somente brincando às premonições…apresentando por antecipação o mais louco campeão de todos os tempos, que haveria de levar a Mancha Amarela e o número 46 aos mais recônditos lugares do Universo, desde a selva amazónica, passando por cada metro quadrado da secura do Saara, terminando em todo e cada tijolo da Muralha da China, e se aqui me acusarem de algum exagero posso condescender e retirar um tijolo e um metro quadrado, não mais do que isso.

Retrocedamos no tempo, acompanhemos o novato Vale correndo na equipa Genesis, nome de banda com música intemporal, correndo depois na Nastro Azzurro, deliciosa e geladinha invenção, mais tarde na Gauloises de travo forte e na Camel de pega suave e subtil, chegando aos dias de hoje na refrescantíssima Monster Energy, parece que este homem foi talhado para percorrer o Império dos Sentidos, e se ele o correu e de que maneira, ‘dio mio’, e fê-lo a tantos mas tantos à hora que a maior parte das vezes só o viam no final, já de champanhe na mão, ah Valentíssimo e Valoroso Valentino que glamour dás à letra ‘V’ de vitória.

Subo uns parágrafos, repito a questão…

Mad eu?

Que nada, aquela revista antevia a coisa, fazia a viagem de Marty McFly mas ao contrário, em vez do DeLorean DMC-12 a viajar ao passado preconizava nos traços de sua capa um jovem de ar provocador, que faria magia em Aprilias, Hondas, Ducatis e Yamahas, todas elas enfeitiçadas por passos de dança, por um Fred Astaire do asfalto, Valentino sapateou, rodopiou, abraçou, inclinou e beijou todas elas em bailados irrepetíveis, ganhadores, voadores.

E amarelos.

Em vinte e cinco anos de carreira ao mais alto nível, considerando que disputar o Mundial de 125cc mesmo em 1996 não era para todos, poderíamos escolher imensíssimos momentos de glória, de dons inatos, de rara beleza, estou certo de que tertúlias e noites inteiras seriam preenchidas escutando relatos de pedaços inesquecíveis.

Haveríamos de encontrá-los às dezenas, às centenas, aos milhares, creiam-me!

Mas sabem qual escolho?

Aquele que vi com estes olhos que a terra há de comer, quando em corrida recente deste ano da graça de 2020, qual nem posso precisar, Miguel Oliveira ultrapassa em pista Il Dottore, seu ídolo de poster e de infância, seu e de tantos outros por ali, como que humanizando o deus azul e amarelo, descodificando o segredo supremo da equação XLVI, essa universal conjugação de poder e velocidade, nesse momento entendi que até na hora de ser ultrapassado Valentino continuaria pujante, saudando em cada passagem junto de seu sagrado espaço em cada circuito uma multidão que com ele aprendeu a apaixonar-se pelo MotoGP, que aos seus ensina desde a mais tenra idade a mística rossista, que é coisa que abençoa quem a tem e deixa órfão e especado quem dela é desprovido.

Sendo recente nestas coisas de escritos em torno das motas já levo, no entanto, um bom par de décadas com a consciência da existência desse Doutor com letras às cores, desde os tempos em que para mim os fins-de-semana desportivos começavam e acabavam ao domingo, coisa que hoje, como bem sabeis, para além de me parecer uma heresia me deixa com a sensação de ter perdido muitas e lindíssimas manhãs de café numa mão e adrenalina na outra, se semelhante coisa é possível.

E nestes anos mais chegados, o facto é que já presenciei lutas de galos, defendendo teorias revolucionárias na justiça para a ocupação do poleiro-mor, a maior parte dos desafiantes adjudicando a Marc Marquez a tarefa de fazer sombra a Tino de Tavullia e de Urbino, como se tal fosse coisa justa de se pedir a um terráqueo, por mais criador de ‘saves’ e possuidor de poderios inesperados que seja o homem, capaz e admirado até por uma novíssima condução, em ângulos que desafiam a própria física.

E em boa verdade vos digo, assistir a diálogo e querela assim transforma a questão de chover no molhado numa redundância menor, senão vejamos.

Temos um GOAT, surge-nos um GHOST, não entender isso é um desgosto.

Poderão uns argumentar e esgrimir pontos de vista buscando vitórias esmagadoras de um, replicando classificações menos glamorosas em fase mais recente de outro, tudo isso é legítimo, compreensível até, mal fosse que não se recorresse ao mais básico instinto de sobrevivência em defesa de ponto de vista, por mais periclitante que possa ser a estrutura que o sustenta.

Mas olhando ao conjunto no seu todo, incluindo no receituário de acções credoras de loas e bruás todas as alíneas que afinal encantam este mundo de adultos, adolescentes e crianças, a verdade é que ninguém chegou ainda a pintar nem metade, nem fatia menor ainda, de uma mancha de devoção que se espalha em cada circuito deste fantástico circo como se fosse por decreto de homens, mulheres e crianças de infinda paixão e garantido bom senso.

Amando Vale.

E pronto, perante isto, que mais posso fazer senão curvar-me respeitosamente e gritar … Viva Valentino.

E viva esta gente e vivam todos vós.

Tags: João PaisMotoGPValentino Rossi
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