MotoGP, As forças e as fraquezas da Yamaha: como estão a ser resolvidas?

Por a 29 Julho 2022 17:00

Nos testes de pré-época, a Yamaha foi vista a testar um chassis renovado em relação ao que tinham no ano anterior. Foi visto pela primeira vez no teste de Jerez no final da época passada. A área que tinha mudado era a área recortada no feixe principal. A linha superior do corte tinha sido alterada, mas, quando os pilotos a testaram, disseram que não sentiam a grande diferença que estavam à espera.

A Yamaha já tinha antecipado essa hipótese e trouxe um chassis novo como um possível passo em frente. Os pilotos de fábrica, Fabio Quartararo e Franco Morbidelli, testaram-no, mas os comentários não foram muito positivos, com ambos a considerarem que era demasiado rijo e que não era o passo na direção certa que precisavam.

Por fim, a Yamaha acabou por voltar ao chassis de 2021 e têm-no utilizado durante a temporada. Não é necessariamente um passo atrás, mostra apenas que o chassis de 2021 era bom e que aquilo que a Yamaha pensava que ia melhorar a moto não resultou e que precisam de mais tempo para resolver essa questão.

Um dos principais pontos de queixa dos pilotos da Yamaha é a falta de velocidade de ponta. Embora a Yamaha tenha trazido um motor novo e mais poderoso, os pilotos disseram que não era suficiente e que precisavam de mais. Por isso, a equipa procurou outras formas de melhorar e uma delas foi explorar a parte aerodinâmica.

Trouxeram uma nova carenagem aerodinâmica pela primeira vez em algumas épocas, sendo a maior que alguma vez desenharam. Mais downforce tem sido útil nas curvas, mas deixa-os mais vulneráveis nas retas. Para contrariar isto, trouxeram um update aerodinâmico.

Em relação à saída das curvas, três dos quatro pilotos da Yamaha dizem que o maior problema é a sua falta de aderência traseira. Contudo, Quartararo diz que a moto tem aderência traseira, embora demore um pouco até a encontrar, mantendo a ideia de que a maior fraqueza é a falta de velocidade de ponta. A Yamaha está a trabalhar no problema da falta de aderência traseira, com dois braços oscilantes. Um deles é de alumínio, que Quartararo usou nas últimas três ou quatro corridas. O outro é de carbono, que os pilotos já testaram, mas não correram.

A época de 2022 da Yamaha tem sido estranha. Começaram a época com muita gente a pensar que iam ter dificuldades, e, durante um período, tiveram-nas. As primeiras corridas não foram promissoras, mas depois Fabio pareceu encontrar outra velocidade. Contudo, é o único que consegue colocar a M1 na frente neste momento, e isso é preocupante para a fábrica de Iwata. Será que respondem aos desejos do único piloto que consegue colocar a moto na frente, ou respondem aos desejos dos outros três pilotos que pedem a mesma coisa? É esse o dilema.

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