MotoGP, o Top 10 de 2020: 1, Joan Mir

Por a 1 Janeiro 2021 15:30

De um começo discreto, Mir construiu uma época de uma consistência imparável, terminando numa série de pódios que lhe deram o título, o primeiro da Suzuki por 20 anos, e justificando liderar este Top 10

A partir daí os pódios sucederam-se, a instalar a Suzuki como uma séria candidata ao título

À partida da época de 2020, Joan Mir era, quando muito, um candidato discreto ao pódio, um outsider.

Com o favoritismo firmemente depositado em Márquez e quando muito, com Dovizioso, Quartararo e Viñales como desafiantes, o começo da época do piloto Maiorquino até nem fez nada para contrariar essa avaliação, quando ele caiu logo ao começo da segunda volta em Jerez e não pontuou. A segunda visita à Andaluzia correu melhor, pois Mir acabou por introduzir-se logo num quinto lugar em que bateu o seu colega Rins, que foi apenas 10º.

A este resultado, porém, seguiu-se outra desistência na República Checa.

Depois disso e segundo o seu manager Davide Brivio, alguma coisa encaixou no cérebro do espanhol: livre das lesões que o tinham afetado no ano anterior e compreendendo finalmente como tirar partido da GSX-RR, e da sua capacidade de poupar os pneus, a seguir na Áustria Mir seguiu a casa André Dovizioso na sua única vitória do ano, para ficar em segundo na primeira visita ao Red Bull Ring e acabou em quarto logo uma semana depois, numa corrida que, ao não ter sido interrompida quando liderava e dividida em duas metades, teria quase de certeza ganho.

A partir daí os pódios sucederam-se: terceiro em San Marino, segundo na Emília Romagna e Catalunha sucessivamente, neste último caso com ambas as Suzuki no pódio, a instalar a moto azul e prateada como uma séria candidata ao título e Mir em segundo no campeonato.

Em Le Mans, na sua estreia à chuva em MotoGP, preferiu fazer uma corrida prudente para marcar cinco pontos do 11º lugar, até isso a marca de um piloto inteligente, saber pontuar quando não podia vencer.

Porém, a seguir, vieram mais 3 pódios devastadores, primeiro dois terceiros em Aragón e finalmente, a tão contestada vitória no GP da Europa.

Com isto, um sétimo lugar no pelotão em Valência, alheando-se da luta entre Morbidelli, Miller e Espargaró pelo pódio, bastou para confirmar o título do Maiorquino.

 Já livre da pressão, que acabaria por confessar estar a afetá-lo nas últimas rondas, Mir acabaria por terminar com um ponto solitário em Portugal, depois de ter estado envolvido numa colisão de início e parado na boxe durante a corrida.

Sem conseguir levar a moto à vitória a maior parte da época, mas dotado de uma consistência avassaladora, Mir acabaria por vencer o campeonato por 13 pontos sobre Franco Morbidelli. Foi o final de um longo jejum de títulos para a Suzuki, que durava desde Kenny Roberts Jr. em 2000, ainda na era das 2 tempos.

Com a Suzuki estabelecida, mais experiência e dados abundantes, quem apostaria contra a sua defesa do título este ano?

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