MotoGP, Miguel Oliveira: “É um privilégio ser considerado para um construtor como a Honda”

Por a 19 Outubro 2023 17:00

Miguel Oliveira não esconde o desejo de dar o salto para uma equipa de fábrica o mais rapidamente possível, seja na Aprilia ou na Honda, à qual tem sido associado para substituir Marc Márquez. Na rubrica do MotoGP “In conversation with” [À conversa com], o português falou ainda sobre a sua estadia na RNF até agora.

“Não foi o início que eu desejava este ano com a Aprilia, tive momentos onde gostava de ter estado melhor, especialmente sem lesões. Foi um momento difícil, mas, como foi o início da época, encarei com alguma naturalidade, foi um incidente de corrida e encarei bem. Aquilo que me manteve motivado foi que, sempre que estava na moto, tinha performance, era competitivo e rápido, foi isso que me manteve motivado para voltar ainda mais forte. Na segunda metade da época, e também na primeira, tivemos bons momentos, onde pude mostrar que podia ser muito competitivo com a moto. Não posso dizer um fator que se destaque no nosso procedimento de trabalho na garagem ou na afinação da moto que nos tenha feito dar um passo em frente. Pegámos na experiência da primeira metade e trabalhámos nos detalhes. O pelotão do MotoGP é muito apertado, todos fazem as voltas de forma diferente, e tens de perceber aquilo que precisas em cada pista para extrair o melhor do teu pacote”, disse.

“Para chegar a um certo nível, o meu estilo de condução adequou-se bem à moto. A certa altura, tive de descartar alguns hábitos que tinha com a KTM que não funcionam nesta moto. Com a equipa, também precisámos de tempo para nos percebermos uns aos outros e aquilo que precisava na moto para ir ainda mais rápido. É um desafio para a equipa e para o piloto, um trabalho de equipa em que ambas as partes têm de corresponder. Hoje em dia no MotoGP, um lugar de fábrica não quer dizer que tenhas necessariamente melhor performance. Vimos em anos recentes pilotos que não são de fábrica e que conseguem acabar no top-5 no campeonato, até top-3. É uma responsabilidade extra para um piloto, mas o objetivo para cada piloto é estar numa equipa de fábrica. Acho que um lugar de fábrica ajuda um piloto, porque ele pode crescer e ter o apoio que uma fábrica pode dar quando não tens o melhor pacote na moto. É um privilégio ser considerado para um construtor como a Honda, o objetivo de cada piloto é estar numa moto de fábrica, com perspetivas de crescer em conjunto, quero que isso aconteça o mais rapidamente possível. De qualquer forma, com a Aprilia, seria um prazer”, referiu.

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