MotoGP: Legado de Ángel Nieto vivo em Brno

Por a 8 Agosto 2017 09:20

Um dia antes do arranque do Grande Prémio da República Checa, em Brno, surgiu a notícia do desaparecimento de Ángel Nieto, que não resistiu aos graves ferimentos cerebrais contraídos depois de uma colisão com um automóvel, enquanto estava aos comandos de um quadriciclo,em Ibizia, local onde passava largos períodos.

Nos últimos dias muito se tem escrito sobre a importância do 12+ 1 vezes campeão do mundo, como gostava de ser carinhosamente e supersticiosamente tratado, no desenvolvimento do motociclismo no país vizinho e da importância que as suas conquistas tiveram para os muitos e bons valores que se seguiram à sua retirada.

Pois bem para além da sentida homenagem feita por todo o paddock a Nieto, antes das corridas, em plena recta da meta do circuito de Brno, duas das três contendas disputadas no último domingo mostraram bem que as sementes lançadas pelo campeoníssimo espanhol estão bem vivas.

Logo ao início da manhã em Moto3 o jovem espanhol Joan Mir conquistou a sexta vitória do ano em 10 tentativas e deu mais um passo importante rumo a um título mundial inédito na mais baixa categoria do Mundial. Categoria essa que faz jus de forma perfeita ao legado deixado por Ángel Nieto, o ‘rei das motos de baixa cilindrada’, pois entre os seis primeiros do campeonato quatro são pilotos espanhóis (Joan Mir, Arón Canet, Jorge Martín, Marcos Ramírez). A este domínio junta-se a liderança destaca no número de poles, oito em 10, o mesmo número que é verificado em termos de vitórias.

Se o futuro do motociclismo espanhol parece estar bem encaminhado, não esquecer também os bons desempenhos de Álex Márquez em Moto2, na classe rainha o Grande Prémio da República Checa foi dominado pelos pilotos espanhóis que homenagearam da melhor forma a memória de Ángel Nieto e mostraram que a Espanha é sem dúvida uma das grandes nações do motociclismo.

Depois da pole position de Marc Márquez, o pódio da corrida foi 100% espanhol com Marc Márquez, Dani Pedrosa e Maverick Viñales. Três pilotos que em conjunto com Jorge Lorenzo, este ano mais discreto na Ducati, têm sido os porta-estandarte de um país que desde 2010 só por uma vez, no caso 2011, não conseguiu garantir o título mundial de MotoGP.

Contra estes números nada há mais a dizer do que valeu a pena Ángel!

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