MotoGP, 2020: O progresso da KTM

Por a 29 Dezembro 2019 16:00

“Não queremos e não podemos comparar-nos com outras marcas da classe de MotoGP”, diz Pit Beirer, diretor da KTM Motorsport.

“Enquanto tivermos uma lista técnica em atraso, não haverá área em que os engenheiros possam sentar-se a descansar e dizer que todos os problemas foram resolvidos. Agora devemos fazer um esforço e tentar compensar a diferença restante. A tarefa é atacar o fosso existente em todas as frentes. Isto aplica-se às áreas que nos são familiares. É sobre o motor, o chassis, a eletrónica, a suspensão. Passa por toda a moto, tudo tem de ser questionado.”

Beirer continuou: “Avançámos em todas essas áreas. Mas agora temos que esperar e ver o que sairá das primeiras corridas em 2020. Só podemos dizer no que teremos de nos focar no futuro depois de conhecermos melhor a nova moto. Temos os testes em Sepang e Qatar, depois o Grande Prémio de abertura no Qatar. Depois disso, estaremos mais informados. Ainda não temos todas as respostas de que precisamos sobre a mesa.”

Em Sepang, a KTM fará o teste de avalização geral durante três dias no início de Fevereiro e, em seguida, o teste IRTA por mais três dias (7 a 9 de Fevereiro). O afastamento de Miguel Oliveira na fase final da época também não ajudou, pois com “rookies” contratados de fresco, para lá do retirado Pedrosa e de Pol Espargaró, não havia ninguém mais para desenvolver a RC16 a sério.

Por outro lado, a eventual adoção, (finalmente, dizem alguns) de um quadro em viga, já testado por *Pedrosa e Espargaró, terá como consequência inicial inevitável a obsolescência de todos os dados atuais sobre afinação   e comportamento do conjunto.

“Lá receberemos informações valiosas. Até porque na Europa é muito demorado levar toda a equipa ao sul da Espanha para um teste. E cinco ou seis dos últimos oito dias de testes na Europa esteve a chover ”, reclama Beirer.

“Isso também não foi útil ao tentar encontrar respostas com a nova moto. Gostaríamos de ter afinado a moto ainda melhor e teríamos preferido levá-la aos limites em Novembro em condições ainda melhores. Infelizmente, Dani Pedrosa andou frequentemente à chuva durante os testes particulares. Agora temos dados fruto de uma pesquisa de chuva que não podem melhorar muito mais … Mas isso faz parte do negócio de MotoGP, como eu já tinha mencionado!”

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