MotoGP, 2020: Decisão de excluir Wild Cards prejudica Lorenzo

Por a 16 Maio 2020 15:00

Os fabricantes de MotoGP concordaram ontem em não ter wild-cards durante a temporada de 2020 encurtada, pelo que Jorge Lorenzo, pelo menos, terá de esperar até 2021 pelo seu regresso em pista na Yamaha.

“A probabilidade de quaisquer eventos em 2020 precisarem de ser realizados à porta fechada significa que é necessário manter o número de participantes ao mínimo. É também importante permitir uma utilização ótima do espaço das boxes pelas equipas contratadas.”

“A Comissão decidiu, portanto, que entradas de wild card, em todas as classes, serão suspensas para a temporada de 2020. Esta decisão também está em consonância com a política de redução de custos para os fabricantes da Classe MotoGP.”

“Há toda a intenção de restaurar as entradas de wild card em 2021, mas esta decisão será revista antes da temporada de 2021.”

Foi assim que a Comissão de GP anunciou ontem a suspensão provisória da participação de pilotos Wild Card.

Assim, de forma a minimizar o tamanho do paddock para as corridas à ‘porta fechada’ e evitar custos adicionais, a actual temporada de MotoGP não contará com entradas de wild-card.

Claro que isto são más notícias para os pilotos de teste Jorge Lorenzo (Yamaha), Michele Pirro (Ducati), Mika Kallio (KTM), Stefan Bradl (Honda), Sylvain Guintoli (Suzuki), que se esperava que participassem em corridas ocasionais esta temporada. Bradley Smith, da Aprilia, deverá ser uma exceção, já que em princípio alinhará em vez de Iannone.

Mas com um limite rigoroso de pessoal no paddock uma parte central do protocolo de segurança criado por Dorna para tentar persuadir os governos a permitir que as corridas avancem, não havia espaço para quaisquer entradas extras.

“Sim, concordámos em não ter Wild Cards este ano, apenas para limitar o número de pessoas no paddock e também para limitar custos adicionais. Para garantir que o essencial sobrevive”, disse o diretor de competição da KTM, Pit Beirer

Numa temporada normal, os fabricantes sem concessão (Honda, Ducati, Yamaha e Suzuki) são autorizados a ter até três wild-cards, com um máximo de seis para os fabricantes de concessão Aprilia e KTM.

O wild-card mais importante anunciado para 2020 foi Lorenzo, na Catalunha, naquela que seria a primeira corrida do recém-aposentado espanhol para a Yamaha desde 2016.

A ronda de Barcelona, agendada para 5 e 7 de Junho, foi agora adiada, mas deverá figurar algures no calendário revisto para 2020. No entanto, Lorenzo, que também suscitou rumores de que apareceria em Motegi, terá agora de esperar até 2021 pelo seu regresso à MotoGP.

O MotoGP estima que serão necessárias cerca de 1.300 pessoas para realizar corridas à porta fechada, incluindo membros essenciais das equipas para as três classes de Grande Prémio, gestão de corridas, pessoal de circuitos e transmissão televisiva.

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