Dakar: Navegação na edição 2017 como nos melhores tempos de África

Não é por acaso que a organização do Dakar anda há muito a dizer que esta prova será a mais difícil de sempre. Para ajudar à ‘festa’, o GPS vai perder a memória…

A ASO introduziu uma série de novidades no regulamento que vão complicar fortemente a navegação, o que logicamente vai complicar muito a vida aos pilotos. Uma das principais diferenças face ao ano passado será o GPS (Global Positioning System), que vai perder funcionalidades, a ‘expensas’ da organização que as vai retirar. O aparelho só irá guardar na memória o último quilómetro do percurso realizado por cada um dos concorrentes e isso vai fazer com que tenham que sobressair ao máximo os dotes de bom navegador.

A partir de agora, quando se perderem, não poderão regressar ao último ponto de controlo através do GPS, mas sim repetir o caminho que fizeram e para o fazer, têm que se lembrar dele. Para além disso, o GPS deixa de ter uma seta que direciona os concorrentes para a direção do waypoints. A partir de agora sabem que ele está a ‘X’ km, mas não sabem se está em frente, à direita ou à esquerda…

Agora, os pilotos terão que validar à ‘mão’ a sua posição, ao invés do mecanismo automático que tinham. Isto fará com que os concorrentes percam ainda mais tempo até ter a certeza que estão no sítio certo. Claramente, nesta edição a navegação, mais do que nunca nas edições sul-americanas pode decidir o evento. Claro que em África, isto era perfeitamente habitual, mas com a passagem para a América do Sul a prova tornou-se mais um sprint que outra coisa qualquer. Até agora…

“Este é um sistema em que se pretende que a navegação ganhe muita importância. O anterior era parecido, mas bastante mais automatizado. A partir de agora, os pilotos terão que navegar com muito mais atenção e ser mais precisos. Será uma Dakar muito exigente e os erros vão pagar-se caros”, disse fonte da organização…

• Tweet
• Pin It