SSP300, 2021: Carrasco ansiosa pelo regresso

Por a 23 Março 2021 16:00

A piloto espanhola falou sobre a sua grave lesão no ano passado e o seu processo de recuperação numa recente entrevista ao jornal ‘El País’

A primeira coisa que me passou pela cabeça depois do acidente foi se poderia correr na Ronda de Barcelona!”

Desde que Ana Carrasco (Kawasaki Provec) fraturou a vértebra dorsal durante os treinos no Circuito do Estoril, no início de setembro de 2020, a evolução e recuperação do piloto murciano tem sido notícia recorrente nos meios de comunicação.

Cinco meses depois, a campeã do mundo de SSP300 de 2018 regressou à pista para realizar os seus primeiros testes de sucesso na Kawasaki Ninja 400 e voltará a fazê-lo na próxima semana, no teste apoiado pela Dorna, agendado para o Circuito de Barcelona-Catalunha.

Numa entrevista ao jornal El Pais, Carrasco partilhou as suas memórias do acidente e explicou os tempos difíceis que passou durante estes meses até chegar hoje à sua recuperação quase total.

“Foi uma queda tola ao entrar na gravilha. A primeira coisa que me passou pela cabeça depois do acidente foi se poderia correr na Ronda de Barcelona, faltava uma semana. Ao receber informações, percebi que não ia conseguir correr essa ou qualquer outra corrida”, recorda a piloto de 24 anos.

“Nunca duvidei que voltaria a correr. Disseram-me que precisaria de entre três a cinco meses para poder começar a estar bem e levar uma vida normal; no final, encurtámos muito os prazos.”

Carrasco recorda que a lesão do Estoril não foi a sua primeira lesão – já tinha fraturado o cotovelo, clavícula e ombro -, mas está ciente de que, no trabalho que escolheu, o risco faz parte do jogo:

Se pensas muito nas coisas más, nos danos que podias fazer a ti próprio, no final ficas por aí. A única maneira é pensar no que fazer para recuperar, ser melhor e voltar o mais rápido possível.”

Ana reconhece que não falou com ninguém sobre o risco que correu:

“Nem mesmo com a minha família. Desde o início que compreendi o risco como parte do meu trabalho, entendi que posso magoar-me muito e que uma queda pode ter consequências graves. Mas tive sorte.”

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