Após a estreia de mais um circuito no Mundial, ficamos com alguns comentários memoráveis dos principais protagonistas
O Campeonato Mundial de Superbike Motul de 2021 pode estar a dar-nos muitas manchetes e drama em pista, mas o paddock também está ao rubro com notícias do mercado de transferências, debate de equipas e pura emoção.
Tom Sykes (Equipa BMW Motorrad): “Temos claramente algumas limitações… se algum piloto pudesse fazer a diferença… eu tirava-lhe o chapéu”.
Falando no sábado após a primeira corrida, Sykes estava desanimado e saiu a querer mais: “Temos claramente algumas limitações com a moto. Michael e eu somos ambos pilotos capazes e ambos temos os mesmos problemas. Temos uma configuração diferente e um estilo de pilotagem diferente, mas os mesmos problemas. Continuo a acreditar firmemente que, para mim, a velocidade não é a questão. “
“Nas corridas, ainda me falta tração traseira e capacidade de virar a moto, e obviamente, só podemos ir tão longe com isso. Terminámos em sexto lugar nas condições quentes da Corrida 1, e ninguém caiu à nossa frente, mas ainda estamos a 20 segundos da vitória. Portanto, ainda há trabalho a fazer, mas não há uma solução rápida, não é? “
“É por isso que, para ser honesto, gostaria de ver se esses 20 segundos podem ser repostos apenas por um piloto. Se o piloto pudesse fazer a diferença nesses 20 segundos de hoje, então eu tirava-lhe o chapéu” – aqui, uma clara referência à sua mais que provável substituição por Scott Redding para o ano.
Numa nota mais positiva, Sykes disse que um dos principais aspetos positivos a retirar do fim-de-semana de Navarra era a melhoria a altas temperaturas: “Há alguns aspetos positivos a retirar do fim-de-semana. Ainda há apenas três BMW na grelha, e somos bastante novos nesta era do campeonato. Infelizmente, o Jonas ainda está a lutar, por isso só eu e Michael é que estamos perto na competição. A Corrida 2 viu uma melhoria, e fizemos aqui um teste em Junho e levámos esse impulso para Donington Park. Depois, testei numa Catalunha muito quente e experimentei diferentes componentes e geometrias e de lá, penso que aprendemos mais e que isso se transferiu para cá”.
Alex Lowes (Kawasaki Racing Team): “Espero poder começar a atuar um pouco melhor e ajudar um pouco mais o Jonathan”.
Embora possa estar um pouco à deriva dos três primeiros, Alex Lowes está a apreciar o espetáculo da batalha do título e disse que quer entrar na ação para ajudar o seu companheiro de equipa:
“Está tudo obviamente mais próximo; é ótimo ter a Ducati, Yamaha e Kawasaki no topo e ter boas batalhas todos os fins-de-semana. Não se trata apenas de pilotos, mas também de equipas que espremem o máximo de cada situação.“
“Espero poder começar a atuar um pouco melhor e ajudar um pouco mais o Jonathan. Esse é o alvo e vai ser um aperto renhido no final. As outras motos estão a melhorar, e isso está a tornar a nossa vida difícil, mas é bom para o Campeonato. Vai ser emocionante, não só para nós, mas para os fãs”.
Andrea Locatelli (Yamaha Pata com Brixx): “Nunca pensei poder fazer isto… agora, basta olhar para a frente e vejo os grandes nomes mesmo ali!”
Fazendo um dos saltos mais impressionantes das SSP para as SBK, um emotivo Andrea Locatelli não conseguia acreditar no que estava a acontecer:
“Nunca pensei que pudesse fazer isto pensei talvez, que na última corrida do ano, pudesse conseguir um bom resultado. Mas afinal, chegou imediatamente em Assen e agora estamos a trabalhar muito bem. Temos uma boa base de montagem na moto.”
“Agora, basta os meus olhos olharem para a frente e vejo os grandes nomes ali mesmo: O Jonny, o Scott e o Toprak. Este é o meu alvo, mas claro, não é fácil. Preciso de aprender um pouco mais; estamos aqui para isso. Tentamos em Magny-Cours e também nas próximas corridas para tentar fechar o intervalo e talvez lutar pela vitória com eles”.
