MotoGP: Será 2020 o ano do “Doctor’?

Por a 28 Novembro 2019 16:00

Com um total de 402 Grandes Prémios em que alinhou, Valentino Rossi (Yamaha Monster Energy) prepara-se para encetar a sua 25ª época de corridas. Num quarto de século em pista, pode gabar-se de ter participado em quase metade dos 942 eventos realizados desde 1949, quando o Mundial começou a ser considerado Mundial.

Se adicionarmos a isto o facto de que desses venceu 115, ou mais de 25% daqueles que começou, os números da sua carreira a caminho de nove títulos mundiais são ainda mais formidáveis e falam por si.

No entanto, ultimamente as coisas não têm corrido tão bem, e os últimos anos deixam um gosto amargo de coisas por resolver, pois mesmo um campeão do calibre de Rossi ainda tem um sonho ou dois para realizar.

Um deles tornou-se realidade em 2019, quando o número 46 percorreu a sua cidade natal, Tavullia, na sua M1, chegando ao Circuito Misano Marco Simoncelli em grande estilo.

Outro sonho do ‘Doctor’ continua a ser esse décimo título que tem estado fora de alcance. Na Malásia, ele lutou com o compatriota Andrea Dovizioso (Ducati) pelo pódio, com os dois a enfrentar-se curva a curva numa das corridas mais difíceis da temporada, e embora tenha sido o número 04 que finalmente chegou ao topo, Rossi foi positivo nos seus comentários – o problema do consumo excessivo dos pneus traseiros que o perseguia ao longo da temporada parecia muito melhorado. O resultado? O número 46 estava de novo na luta.

Para 2020, também existem alguns objetivos técnicos importantes para a marca de Iwata: uma M1 mais potente, permitindo que a fábrica iguale a Ducati e Honda em termos de velocidade máxima – para que a 25ª temporada de Rossi seja a mais rápida até agora .

E não termina aí – há um novo chefe de equipa em campo para o ‘Doctor’ no próximo ano também, David Muñoz, que saiu da Sky VR46 na Moto2 para assumir um dos trabalhos de maior destaque no pitlane. Ao mesmo tempo, Silvano Galbusera, de saída, passa a liderar a equipa de testes da Yamaha – para que a sua opinião permaneça acessível e provavelmente crucial no desenvolvimento das M1.

Agora com 40 anos e completando 41 a 27 de Fevereiro, que é antes do semáforo se apagar para o primeiro Grande Prémio da temporada no Qatar, a carreira de Rossi já é lendária – e ele estará a lutar para adicionar mais uma série de troféus às suas já sobrelotadas prateleiras, da primeira sessão livre até à curva final.

Ele também tem uma arma no seu arsenal que ninguém mais tem: 20 anos de experiência de corridas, todos os truques, todas as manhas, um aliado incrível ao enfrentar outra geração de rivais, alguns dos quais nem eram nascidos quando ele já corria…

Poderá 2020 ainda vir a ser o ano do ‘Doctor’? Se as estrelas se alinharem, quem sabe?

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