MotoGP, história: Schwantz recorda ambiente do seu tempo

Por a 4 Maio 2020 14:30

Kevin Schwantz, um dos grandes de todos os tempos, falou à MotoGP esta semana, e inevitavelmente, alguns nomes famosos surgiram em conversação.

O campeão do mundo de 500 de 1993 sentou-se para discutir todo o tipo de temas, incluindo o reconhecimento que ainda recebe de nomes como Valentino Rossi, Andrea Dovizioso e uma das atuais estrelas da Suzuki, Alex Rins, só para citar alguns que o viam como uma referência. E longe das corridas de Grande Prémio, nomes como Tony Stewart da NASCAR e Dario Franchitti da IndyCar são outros dois que idolatravam o americano quando eram crianças.

“Sentar-me no palco ao lado de gente como o Tony Stewart ou o Dario Franchitti, ser reconhecido ao lado deles e ouvir Dario contar histórias sobre ver-me correr; Lembro-me do Dario dizer que “quando era miúdo, tinha um cartaz do Kevin Schwantz pendurado no meu quarto!” Ao que Tony Stewart respondeu” Ah, Dario, agora sei o que se passa contigo, eu tinha um cartaz da Linda Vaughan (modelo da Nascar) pendurado no meu quarto!”

“Mas ser reconhecido ao lado de heróis do automobilismo como eles traz memórias absolutamente…” recorda Schwantz.

“Qualquer um dos tipos atuais, por exemplo o Rossi sempre disse que eu era quem ele idolatrava quando era criança e o Dovi, claro, quem sabe a velocidade que ele poderia ter na sua moto se ainda tivesse o número 34 em vez de um 04! Sim, e o Rins também disse no ano passado, depois de lhe perguntarem contra quem gostaria de correr numa 500, mencionou-me! Ainda ser mencionado em algumas das conversas com a geração de agora é realmente especial.”

Schwantz ainda discutiu as rivalidades modernas, tendo acabado por aprofundar o tema da sua rivalidade muito falada de Wayne Rainey. “Elas são ótimas para o desporto e para o piloto que está a levar a melhor, é ótimo para ele especialmente”, diz Schwantz. “Acho que a rivalidade Márquez – Dovi, no que toca a batalhas até às últimas voltas, talvez o Dovi tenha um pouco de vantagem sobre ele, mas no geral, Márquez tem campeonatos e muitas, muitas mais vitórias. Provavelmente a coisa mais única sobre o desporto motorizado que vejo agora é a pouca interação que existe entre os pilotos.”

“Costumávamos correr e depois conviver, o exemplo clássico, quando corria em Assen a corrida terminava no sábado à tarde, íamos à hospitalidade uns dos outros, jantávamos e depois, como pilotos, íamos todos para as nossas autocaravanas à noite, muito depois de todos no paddock terem desaparecido. Era tarde demais para ir a qualquer lugar, por isso escolhíamos a autocaravana de alguém e íamos sentar-nos lá fora e beber umas cervejas! havia um pouco de cavaqueira para trás e para a frente sobre a corrida, mas no final de tudo, vias o Lawson, eu, o Rainey, o Doohan e o Gardner sentados, a beber uma cerveja juntos ou acabando todos a jantar em algum lugar… Jerez é o exemplo clássico, aquele restaurante do lado de fora do portão da frente, todas as equipas foram lá em 89 depois de Lawson ganhar e alguém começou a atirar pão, houve a maior luta de comida e todos ficámos de castigo!”

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