MotoGP 2020: “Paragem beneficia a Honda”

Por a 16 Março 2020 14:30

Quem o diz é Gigi Dall’Igna, o engenheiro-chefe da Ducati, que considera a demora no começo da época de MotoGP permitirá às marcas menos desenvolvidas, a Honda em especial, resolver alguns dos problemas com a sua moto.

“O Marc vai melhorar a condição física, desde logo uma vantagem, e a Honda vai poder trabalhar na moto em maior detalhe. A Aprilia já tinha melhorado a moto e só tem de trabalhar na fiabilidade…”

No fim dos teste de Losail, sem ter sido a marca de referência, a Ducati parecia, no entanto ter resolvido a maior parte dos problemas causados pela nova interação da Desmosedici, e em particular a sua conjugação com os novos pneus trazidos pela Michelin para 2020.

A vermelha continua a ser a moto mais rápida da grelha e a equipa de Borgo Panigale concentrou-se em otimizar as áreas mais problemáticas como a saída de curva.

Uma situação problemática para uns torna-se benéfica para outros, e Dall’Igna considera que esta situação favorecerá o principal rival de Andrea Dovizioso, Marc Márquez.

“Na nossa maior parte, estamos a trabalhar de casa- explicou Dall ‘Igna- a tentar melhorar alguns dos pontos que não estavam tão bem no último teste, mesmo com a maioria dos técnicos inativos. Estamos a concentrar-nos em áreas que não poderão ser alteradas depois da primeira corrida, como a aerodinâmica.”

A opinião de Dall ‘Igna acerca da possibilidade de realizar alguns dos GP à porta fechada é relevante:

“Na minha opinião, temos de tomar a opção menos má, e fazer as corridas à porta fechada seria isso! Pelo menos os fans seriam capazes de ver os Grandes Prémios a partir de casa. Não será a mesma coisa, vai parecer estranho e artificial, mas estamos numa emergência, pelo que, por mim, aceitaria a ideia de corridas sem espetadores! A situação está cada vez mais grave, mas ainda acredito que conseguiremos realizar as 13 corridas mínimas para continuar a contar como um Campeonato do Mundo.”

O Gestor também lamentou o cancelamento da corrida em Doha:

“No final dos treinos, o ritmo aumentou um pouco, mas estivemos entre os primeiros. O Andrea podia ter tido um bom resultado, como fez nos últimos dois anos, e o Danilo tinha melhorado em relação a Sepang… Por isso, estou com pena de termos perdido a corrida no Qatar, pois acho que teríamos começado muito bem!”

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